O partido Agir de Bandeirantes, a 69 km de Campo Grande, já definiu um pré-candidato à prefeitura que irá substituir Mauro Augusto Senturião Dutra, o Maurinho Dutra, que preso, na última quarta-feira (31).

A convenção partidária do Agir, no último sábado (3), oficializou a chapa encabeçada por Marcelo Severo, tendo com vice o radialista Nascimento. Durante o discurso, o pré-candidato à prefeitura afirmou que a prioridade será em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.

Ele dispustará as eleições de 2024 no lugar do até então pré-candidato Maurinho Dutra, que foi preso na semana durante operação do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) em Bandeirantes. Ele foi expulso do Agir na quinta-feira (1º) pela comissão executiva nacional.

Líder de organização

A operação do Garras prendeu quatro pessoas, incluindo Maurinho Dutra, que o apontaram como líder da organização criminosa que sequestrava e ameaçava vítimas.

Na casa do grupo foram encontrados notas promissórias e cheques pré-datados que passam de meio milhão de reais.

Segundo informado pelo delegado Roberto Guimarães, em coletiva de imprensa na quarta-feira (31), o grupo passou a ser investigado após a polícia receber notícia de que uma vítima havia sido sequestrada e levada até um local para ser cobrada de uma certa quantia em dinheiro, que devia ao grupo. O sequestro teria ocorrido entre o final de maio e o mês de junho.

A vítima contou que havia emprestado entre R$ 60 e R$ 90 mil do grupo.

Foi descoberto ainda que os criminosos estavam atuando há cerca de dois anos, emprestando dinheiro a juros exorbitantes (agiotagem). Dessa forma, como as vítimas não conseguem pagar, eles passam a intimidá-las, em casa, nas ruas. 

Recentemente, três deles invadiram uma casa, pulando o muro da residência para cobrar a vítima. 

Na casa de um dos alvos foi encontrado um caderno de anotações com mais de 60 pessoas que devem a juros de 20 a 30% para o grupo. “Cada casa havia uma promissória, cheque”, explicou o delegado, que informou ainda que não há informações de que o grupo não praticava violência física, mas sim intimidação e ameaça.

Os quatro homens, de 49, 37, 31 e 23 anos, possuem extensa ficha criminal.

Maurinho Dutra, por exemplo, tem três passagens como autor por homicídio e uma como suspeito, além de porte ilegal de arma de fogo. O homem de 37 anos também tem passagem por homicídio e porte de arma. Na casa dele, inclusive, foi encontrada uma arma calibre 9 milímetros. Já o de 49 anos, tem registro por porte ilegal de arma de fogo, enquanto o rapaz de 23 anos, por furto qualificado.

Uma das vítimas teve o carro tomado até que o empréstimo fosse pago. O carro foi encontrado em Campo Grande.

Segundo a polícia, Maurinho, alvo principal da operação, era quem fazia os empréstimos. Já os demais atuavam na cobrança, extorsão e intimidação.

O Garras informou que a operação não tem relação política com os alvos, mas sim de organização criminosa, que continua sendo apurado.

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