Vereadores pedem reciclagem de Guardas Municipais e relatório para analisar supostos ‘abusos’
Parlamentares de Campo Grande pedem mais agilidade nas investigações após caso do Caiobá
Anna Gomes, Dândara Genelhú –
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Após guarda municipal ‘jogar’ uma viatura em motociclista no Portal Caiobá, vereadores pedem reciclagem de efetivo e manutenção dos treinamentos. Além disso, os parlamentares de Campo Grande cobram mais agilidade nas investigações de ‘excessos de poder’.
Ao Jornal Midiamax, o presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), disse que pedirá um relatório para a Comissão de Segurança. Assim, devem analisar os supostos casos de abuso de poder.
“O servidor que tem excessos, tem um processo administrativo. Eu não compactuo com excessos. Precisamos ter calma quando trabalhamos com pessoas. Arma só pode ser usada em legítima defesa. É necessário coibir abusos”, destacou.
Então, afirmou que pedirá ao presidente da Comissão de Segurança, vereador Alírio Vilassantti (União) para realizar o relatório para análise. “Não podemos compactuar com os excessos”, finalizou.
Por sua vez, o presidente da Comissão de Segurança da Casa disse que é necessário esperar o resultado das investigações para tomar providências. “Eu falei com o secretário sobre o caso da guarda ter atropelado o rapaz que estava empinando a motocicleta. Ele me relatou que afastou os guardas do serviço operacional e abriu um procedimento para investigar em um prazo de 60 dias”, explicou.
Contudo, disse que “o secretário também me informou que o motorista tem o curso necessário para estar dirigindo o veículo e vamos aguardar a apuração. Todo órgão público está sujeito a investigação”.
Preparo dos guardas
Para o vereador Edu Miranda (Patriota), é preciso rever o preparo dos guardas municipais. “Precisamos rever o preparo dos guardas, analisar a saúde mental. Muitos são meus amigos, mas o que é certo, é certo. Eles não são polícia, são defensores da população de médio crime”, afirmou.
Edu acredita que “o Carlão deve chamar representantes da guarda aqui na Câmara para analisar o que está acontecendo”. O vereador Zé da Farmácia (Podemos) acredita que os servidores em geral não podem ser culpados pela ação de alguns.
“Eu acompanho o trabalho da guarda na minha região e acho excepcional. Eles têm trabalhado nas escolas, nas ruas. As pessoas que agem desta forma precisam passar por uma reciclagem”.
O vereador Vitor Rocha (PP) afirmou que o treinamento deve ser constante. “É necessário a manutenção de treinamento constante. Sabemos que em uma situação de estresse é necessário estar bem treinado para realizar abordagem de maneira adequada”.
Neste sentido, Marcos Tabosa (PDT) disse que há necessidade de mais reuniões entre a secretaria de Segurança e os guardas. “É necessário ter mãos reuniões e sempre manter capacitação. As capacitações precisam ser constantes”, comentou.
Investigações
O vereador Professor André (Rede) afirmou que abusos não podem ser normalizados e os casos precisam ser investigados. “É necessário esclarecer os fatos para não fazer uma crítica. Precisamos sim saber o motivo dos fatos e ao mesmo tempo não normalizar abusos”.
Juari (PSDB) afirmou que as investigações devem ser agilizada. “Nossa guarda é bem treinada, só que em todo serviço sempre tem algum que foge das regras. O que podemos fazer é pedir mais agilidade nas investigações de possíveis abusos”, disse.
Para Ayrton Araújo (PT), os guardas que cometem ‘excessos’ devem ser responsabilizados. “Todos os crimes que cometemos somos punidos e quem faz abuso também precisa ser punido. Se necessário com certeza a mesa diretora vai estar tomando as devidas providências para chamar os responsáveis”, disse.
Enquanto Valdir Gomes ressaltou a importância de evitar o crescimento dos supostos ‘abusos’ dentro da corporação. “Não são todos, mas acredito que abusos devem acontecer. Eu acho que o comando da guarda não pode deixar a coisa expandir. A nível nacional estamos vendo uma grande violência. Então é necessário não deixar abusos evoluírem”.
Por fim, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) disse a Comissão de Direitos Humanos da Casa de Leis poderá tomar providências. “O representante das forças policiais não podem se valer das credenciais pagas pelo cidadão para violentar as pessoas e inclusive cometendo crimes. Vamos insistir sobre o papel da guarda municipal em Campo Grande e da recorrente violência. Não podemos pagar para serem violentos. Podemos fazer uma audiência pública para debater o papel da guarda em Campo Grande”, sugeriu.
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