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Política

Sobre briga com RS, Verruck diz que MS é competitivo, mas ‘não vai precisar’ de gás argentino

Eduardo Leite participa de evento do PSDB em Mato Grosso do Sul, que deve deixar 'pista livre' para gaúchos
Mariane Chianezi, Anna Gomes -
Governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB) (Secom)

Com o estado do Rio Grande do Sul ‘pulando a frente’ de Mato Grosso do Sul para garantir instalação de gasoduto argentino, o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, afirmou que MS é competitivo, mas que ‘não vai precisar’ do da Argentina.

O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), que estará neste sábado (8) em Campo Grande em encontro com o diretório estadual da sigla, afirmou em entrevista que já está advogando, especialmente com o Ministério de Minas e Energia, para que o estado gaúcho tenha prioridade na entrada do gás no país.

Verruck afirmou ao Jornal Midiamax que a intenção de Leite, colega de partido do governador Eduardo Riedel (PSDB) é legitima, mas que em conversas com a Petrobrás concluiu que MS ‘não precisa’ do gás dos argentinos.

“Temos uma demanda muito maior que a oferta [no país]. A Petrobras retomou as negociações com a Bolívia para que possa aumentar o volume de gás através do gasoduto. Se a estratégia funcionar nós não vamos precisar. A Bolívia já manda gás para a Argentina e ela não vai mais precisar. A ideia é usar esse gasoduto já existente que hoje está levando o gás para que ele entrasse no gasoduto pelo Brasil. Nesse caso, tendo a Bolívia como principal fornecedor, MS não perde receita e tem demanda. Hoje nós temos mais competitividade que RS para receber esse gás argentino, mas isso vai ser decisão da Petrobras”, afirmou Verruck.

No entanto, o titular da pasta pontua que Mato Grosso do Sul não tem demanda significativa de gás natural e cita o chamado ‘gasoduto virtual’. “A gente chama de gasoduto virtual. Os gasodutos virtuais são onde a gente não tem uma demanda que pague o custo do gasoduto. Tem um problema chamado tamanho de demanda. Hoje em temos a área urbana com praticamente um cliente.  Fizemos uma inviabilidade de num curto prazo levar o gasoduto. A ideia é que futuramente o gasoduto faça Sidrolândia, Dourados e , mas não tem um volume de demanda significativa”.

Eduardo Leite, que é presidente nacional do PSDB, estará reunido com os de Mato Grosso do Sul em evento, que deve deixar ‘pista livre’ para os gaúchos na disputa pelo gasoduto.

Estrutura de gasoduto já existente facilitaria para MS

O gasoduto importado de Vaca Muerta, um megacampo de gás natural da Argentina, tem sido objeto de discussão após o governo argentino dizer que o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) financiaria novo trecho para que o Brasil fosse abastecido. O financiamento seria de US$ 690 milhões, cerca de R$ 3,6 bilhões.

A ampliação do gasoduto Néstor Kirchner, em Vaca Muerta, na Argentina, é um dos mais ambiciosos projetos do país vizinho | Foto: Presidência da Argentina/divulgação

Nesta semana, o governador do RS Eduardo Leite (PSDB) afirmou que já está buscando diálogos com o governo federal para garantir a entrada do gás natural pelo estado gaúcho. O fato é que uma alternativa já pré-existente para a importação do gasoduto seria por Mato Grosso do Sul, diante da já existente e ociosa da Bolívia, que possui gasodutos interligados tanto com a Argentina, quanto o Brasil.

Leite, em entrevista à Agência Epbr, minimizou a estrutura existente. “Estamos advogando, especialmente junto ao Ministério de Minas e Energia, para que, no que diz respeito aos investimentos que o governo brasileiro se propôs a fazer através do BNDES na Argentina, por exemplo, os gasodutos de Vaca Muerta tenham a priorização da entrada desse gás pelo Rio Grande do Sul, e não simplesmente sejam levados a Bolívia para, pelo Gasbol, fazer a transmissão – o que imporia um intermediário, um terceiro elemento [a Bolívia]”, afirmou.

Evento em MS deve deixar ‘pista livre’ para gaúchos

O Presidente nacional do PSDB e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participa de um evento para debater o futuro e reestruturação do partido em Mato Grosso do Sul. O encontro tucano acontece na manhã deste sábado (8) e pode facilitar para os gaúchos a briga pelo gasoduto argentino.

O evento, denominado ‘Diálogos Tucanos’ está previsto para começar às 9h de amanhã, no diretório estadual do partido, localizado na Avenida Ministro João Arinos, 156, Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

Conforme a assessoria de imprensa nacional do PSDB, lideranças do partido serão ouvidas, ideias serão debatidas e informações regionais serão coletadas. E, ao final da rodada desses encontros pelo Brasil, o partido vai apresentar um seminário, com resultados consolidados de toda essa jornada.

“Eu tenho o papel de liderar para dentro do PSDB a discussão sobre as agendas do partido, o seu propósito, suas bandeiras. Esse será um momento de discussão e de alinhamento interno”, afirma Eduardo Leite.

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