Simone garante recursos para concluir Rota Bioceânica e Riedel vê MS integrado em 2025

Responsáveis pela obra, ex-presidentes Michel Temer, do Brasil, e Mario Abdo, do Paraguai, foram homenageados

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Michel Temer e Simone Tebet durante solenidade de homenagem (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O ex-presidente do Brasil, Michel Temer, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, o Marito, recebem título de cidadão sul-mato-grossense, na tarde desta quinta-feira (21), na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Responsáveis por assinar o início das obras da Rota Bioceânica, eles exaltaram o avanço do projeto.

“Eu diria até que é um projeto ousado, que convenhamos você atravessar todo um continente, e sobre atravessar o continente, ainda ter a ousadia, como tivemos eu e o presidente Marito, de num dado momento assinarmos um protocolo, que da palavra vai para ação”, disse Temer, complementando: “É um fato extraordinário, um fato extraordinário para o Brasil”.

Presente na solenidade, Mario Abdo Benítez também exaltou que as novas pontes – na fronteira de MS com Paraguai – ligam os povos. “Representa a importância de nossa decisão política em avançar no projeto da Rota Bioceânica. Agradeço a Mato Grosso dos Sul, ao governador por ter me indicado a essa homenagem”.

Presente no evento, a ministra do planejamento, Simone Tebet, anunciou que em outubro começa processo de licitação para um trecho da Rota em MS, que ainda estava dependendo de recursos. “Os 85 milhões de dólares pela ponte, faltavam 300 e poucos milhões de reais, que é esse acesso que nós vamos ter. Agora em outubro já começa o processo de licitação dessa alça, que deve terminar lá por abril, não vamos assim também achar que uma licitação dessa envergadura é uma coisa muito rápida, e é bom que tem chuva nesse período, e a partir daí nós teremos condições da ordem de serviço”, destacou.

Ainda anunciou que o governo avalia outras três rotas bioceânicas no país: “Nós temos um grupo de trabalho que vai entregar, já agora no final de outubro, todas as possíveis rotas bioceânicas que ligam os estados fronteiriços do Brasil com os nossos países vizinhos. Lembrando que uma rota bioceânica não exclui nem compete com a outra. Ao contrário, elas se retroalimentam”, pontuou.

“Uma pela Guiana, voltando pelo Panamá, a do Rio Grande do Sul, que falta apenas investimentos, e alguma coisa em Rondônia via Acre. Para nós, já é uma realidade a rota bioceânica, porque o acesso, que é o ponto principal, já está no nosso PAC”, detalhou Tebet.

Por fim, o governador Eduardo Riedel vê a integração com outros países da América Latina possível já para 2025. “Espera que MS chegue em 2025 muito provavelmente atravessando os quatro países em escala comercial para que a gente tenha mais competitividade e o que significa uma janela de abertura gigante do ponto de vista comercial para o Mato Grosso do Sul, parte do centro-oeste, para os países que a rota atravessa, o Paraguai, a Argentina, o Chile, do ponto de vista do Mato Grosso do Sul e via de diversos produtos de diferentes cadeias produtivas, do turismo, da integração nacional. A expectativa da rota já tem atraído muitas e muitas missões que vem do Paraguai, do Chile, da Argentina para cá e nós que vamos a esses países”, finalizou.

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