O PT de Campo Grande se reúne no dia 4 de setembro, antes do diretório estadual, no dia 23 de setembro, para discutir chapa de vereadores e candidatura em Campo Grande, que ainda não é consenso no partido. A informação é do deputado estadual Pedro Kemp (PT).

“Faremos uma reunião da executiva do partido para discutir as eleições de 2024. O partido está fazendo debates internos para discutir candidatura própria para prefeito, prefeita, e também a chapa de vereadores. Então essa reunião de segunda-feira é específica para essa discussão e dia 23 o partido já espera tomar uma decisão para uma candidatura majoritária e chapa proporcional”, disse.

Ainda nesse mês, a CEM PT (Comissão Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores) emitiu nota para colocar fim ao que classificou como ‘especulações’ com relação à postura política a ser adotada pelo PT nas eleições de 2024 e afirmou que anunciará os candidatos à chapa de vereadores e à prefeitura de Campo Grande em setembro.

Segundo a nota, há compromisso de compartilhar a decisão de candidatura própria com os outros
partidos que compõem a Federação Esperança Brasil CG- PV e PCdoB.

Portanto, o partido deve realizar plenária no dia 23 de setembro deste ano. Na nota, a Comissão também frisa que quem está autorizado a falar em nome do PT com relação às eleições 2024 é o presidente do Diretório Municipal de Campo Grande.

Consenso

Presidente municipal do PT de Campo Grande, Agamenon Rodrigues do Prado disse ao Jornal Midiamax que o diretório tem se reunido com todos os que colocaram o nome à disposição do partido para disputar.

“Nos reunimos com a Camila Jara e ela reiterou a vontade de disputar. Para isso, ela deve buscar o consenso com os outros candidatos em torno do nome dela. Isso porque a diretriz do nosso presidente Lula e da nossa presidente do partido Gleisi Hoffmann é de que não haja disputa interna, mas sim um consenso”, esclareceu.

Após o deputado estadual Zeca do PT retirar a intenção de se candidatar de forma ‘irrevogável’, surgiram especulações sobre quem poderia disputar em Campo Grande à prefeitura. O nome dele e da advogada Giselle Marques tinham sido indicados por reunião do diretório estadual em junho.

Já a deputada federal Camila Jara anunciou que seguiria com o nome à disposição do partido, ‘mas sabendo que é uma decisão coletiva’.

No entanto, mais pré-candidaturas apareceram, como de Eugênia Portela e Bartolina Catanante, sugeridas pelo Setorial Municipal e Estadual de Combate ao Racismo do PT.

O deputado federal Vander Loubet afirmou que a situação é classificada como normal na sigla. “No PT nós temos a democracia interna, que permite que qualquer militante possa colocar seu nome à disposição em uma eleição. São nomes valorosos, mas eu acredito que são nomes com perfil para ser candidatos ou candidatas a vereador e vereadora. Essa é uma preocupação que temos que ter, de ter bons nomes para fazer uma grande bancada. O PT tem condições, no mínimo, de dobrar sua bancada de vereadores se tiver uma candidatura majoritária competitiva e uma chapa bem representativa”, disse.