Na noite de quinta-feira (28), o ex-vereador Cesar Mattoso, de Ponta Porã, cidade que fica a 346 quilômetros de Campo Grande, foi vítima de tentativa de homicídio. Atiradores fizeram vários disparos contra a residência do ex-parlamentar.

Conforme as primeiras informações, os suspeitos chegaram na residência e descarregaram as pistolas 9mm contra a casa e o carro de Cesar. Polícia Militar foi acionada e identificou que não houve feridos.

Além do ex-vereador, a família também estava na residência. O carro e o imóvel foram danificados. Também segundo a polícia, ainda não há esclarecimentos sobre a motivação do crime.

Alvo da PF

O ex-vereador foi preso em flagrante em março deste ano, durante a Operação Bárbaros, da Polícia Federal. Contudo, ganhou liberdade provisória e foi solto após pagamento de fiança.

Foi estabelecido para o ex-parlamentar o pagamento de fiança de R$ 6,6 mil. Segundo a PF, ele foi preso pelos crimes de fraude processual, desobediência e comunicação falsa de crime.

Durante busca e apreensão na residência de Cesar, o ex-vereador “alegou de forma leviana que seu telefone havia sido furtado”. No entanto, o aparelho foi encontrado escondido em local de difícil acesso no telhado em um imóvel no fundo do quintal.

Operação Bárbaros

A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão, um deles na Câmara, e os outros na casa dos investigados. Ex-presidente da Casa, Rafael Modesto é um dos alvos da operação e teve mandato suspenso. Uma pessoa foi presa em flagrante pelos crimes de fraude processual, desobediência e comunicação falsa de crime.

Ainda foram apreendidos cerca de 9 quilos de materiais, entre aparelhos celulares, contratos imobiliários, contratos de compra e venda, procurações, aproximadamente R$ 10 mil em espécie, mapas com localização de lotes, mídias, orçamentos de materiais de construção e carnês de pagamento.

A operação teve por finalidade reprimir crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato envolvendo também assessores parlamentares e ex-vereador da Câmara.

Assim, de acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início logo após fiscalização promovida pela Superintendência do Patrimônio da União em MS, vinculada ao Ministério da Fazenda, na qual foram constatadas ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União em Ponta Porã.

*Com Marcos Morandi