Comissão do Meio Ambiente quer saber impacto após 33 toxinas serem encontradas no Rio Dourados

Mesa pedirá estudos sobre as toxinas em animais aquáticos e se existe alguma relação com doenças em humanos

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Rômulo Scorza Junior- pesquisador Embrapa (Dândara Genelhú, Midiamax)

Em reunião com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na tarde desta terça-feira (22), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresentou estudos de 33 toxinas encontradas no Rio Dourados.

A denúncia foi feita por assentados da região via requerimento à Casa de Leis. A reclamação sobre águia contaminada fez com que a comissão solicitasse detalhes ao órgão.

Segundo o pesquisador da Embrapa, Rômulo Scorza Junior, desde 2019 estudos estão sendo realizados para monitorar os resíduos de agrotóxicos em águas superficiais em Mato Grosso do Sul, com mostragens mensais e quinzenais da nascente.

Segundo ele, “as maiores concentrações dos agrotóxicos que nós temos encontrado, quando nós comparamos, por exemplo, com a legislação ambiental, o CONAMA 357, que estabelece os valores máximos permitidos de agrotóxicos em águas superficiais, os valores encontrados estão abaixo dos valores máximos permitidos, mas é importante ressaltar o seguinte, que desses 33, por exemplo, apenas três deles são previstos na legislação com valores máximos permitidos”.

O especialista explica que os outros não foram encontrados na legislação e com isso não se tem um parâmetro de valores máximos permitidos. “O que seria muito interessante que a gente tivesse, porque conseguiríamos comparar os valores encontrados com os valores máximos permitidos”, analisa.

Rômulo sugeriu que a comissão use o estudo para criar alguma regulação para os agrotóxicos que faltam.” Talvez utilizar esses estudos de monitoramento da Embrapa para embasar esse desenvolvimento de legislação de políticas públicas”.

Isso porque, os produtos presentes no rio atingem não somente em água, mas também outros organismos, por exemplo, polinizadores e bicho da seda.

Líder da mesa, o deputado Renato Câmara (MDB) disse que os estudos serão encaminhados à UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), para ver se há pesquisas sobre a toxicologia em animais aquáticos, bem como, se existe alguma relação com doenças em humanos causadas pelos agrotóxicos.

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