Documento é apreendido após busca em gabinete e vereador de Amambai é encaminhado para delegacia
Operação aconteceu na manhã desta quinta-feira (16)
Dândara Genelhú –
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O gabinete do vereador de Amambai, Valdir de Brito (PSDB), foi alvo de buscas durante a operação Laços Ocultos nesta quinta-feira (16). Um documento foi levado pelas equipes do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Ao Jornal Midiamax, a presidente da Casa de Leis, vereadora Ligia Borges (PSDB), explicou um pouco sobre as buscas na manhã desta quinta-feira (16). “O mandado era apenas para a sala do vereador Valter Brito, que acompanhou com a Gaeco”, disse.
Segundo ela, “só tinham documentos relacionados a indicações, ofícios, agendas”. Contudo, um dos documentos foi levado e apreendido pelas equipes. “Levaram apenas um papel, mas é ofício resposta”, afirmou.
As buscas acabaram antes do início da tarde. “Eu estive acompanhando do início ao fim”, pontuou a presidente da Câmara de Amambai.
Conforme apurações iniciais do Jornal Midiamax, o vereador é um dos alvos da operação e possui mandado de prisão. “Segundo o advogado dele, sairiam dali e iriam para a Polícia Civil. Mas ali na câmara ele não estava algemado, chegou com os policiais, promotor e advogado”, explicou Ligia.
Desvios milionários
A investigação identificou que a organização criminosa atuava há anos fraudando licitações públicas, voltadas para contratação de empresas especializadas em obras e serviços de engenharia em Amambai.
Essas empresas estariam ligadas a familiares dos servidores, com sócios ocultos. Nos últimos 6 anos, os valores dos contratos ultrapassaram os R$ 78 milhões.
Duas das empresas têm atualmente mais de 20 contratos vigentes com o município. Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente, detectaram ainda o superfaturamento e inexecução parcial.
Ainda mais, o Gecoc identificou pagamento de propina das empresas do grupo criminoso em benefício dos parlamentares e servidores públicos responsáveis pela fiscalização dessas obras.
A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Bope (Batalhão de Operações Especiais), DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da Força Tática da Polícia Militar.
O nome da operação, Laços Ocultos, se deu pelo vínculo entre os investigados.
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