Por maioria, o PL 2720/23, que criminaliza a discriminação a PPEs (pessoas politicamente expostas) foi aprovado por 252 votos a favor contra 163 na Câmara dos Deputados. A maioria dos parlamentares de Mato Grosso do Sul votou contra a proposta. Agora, a proposta será analisada no Senado.
As PPEs incluem o presidente, ministros, senadores, deputados, governadores, prefeitos, a alta cúpula do Judiciário e do Ministério Público, ministros do TCU, presidentes de partidos, familiares dessas pessoas e empresas das quais elas participem. No geral, a bancada do PT votou na maioria a favor. O PL, de Jair Bolsonaro, dividiu-se: 37 deputados votaram a favor e 44 contra.
O União Brasil, que pressiona o presidente Lula pela retomada do Ministério do Turismo, deu 35 votos favoráveis. Entre eles, o de Dani Cunha (RJ), autora do projeto e filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, ex-deputado cassado e um dos principais alvos da Operação Lava Jato. Por outro lado, todos os parlamentares de Psol, PCdoB, Novo, Rede e Cidadania votaram contra a proposta.
O texto foi incluído de última hora na pauta do plenário, sem passar por qualquer discussão em comissão. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que articulou a votação relâmpago, se não aprovasse a proposta, a Casa iria “continuar permitindo que parlamentares sejam agredidos em aviões, nos hotéis, nas festas”.
Confira como votaram os deputados de MS:
Marcos Pollon (PL) Não
Rodolfo Nogueira (PL) Voto não registrado
Luiz Ovando (PP) Não
Beto Pereira (PSDB) Não
Dagoberto Nogueira (PSDB) Não
Geraldo Resende (PSDB) Sim
Camila Jara (PT) Sim
Vander Loubet (PT) Sim