Com 7ª maior aldeia urbana do Brasil, indígenas pedem escolas e postos com atendimento em guarani

No dia dos povos indígenas da América, vereadores ouvem demandas de aldeias urbanas em Campo Grande

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Audiência na Câmara nesta quarta-feira (Anna Gomes, Midiamax)

No dia dos povos indígenas da América, a Câmara de Campo Grande recebe os membros de aldeias urbanas para a 1ª audiência pública do segundo semestre na Casa, nesta quarta-feira (9). Com a 7ª maior aldeia urbana do país, os indígenas pedem escolas e atendimento dos postos em guarani.

No primeiro semestre, da reunião resultou a Comissão das Causas Indígenas na Câmara. Presidente da Comissão, o vereador Professor André (Rede) explicou que todos os meses as lideranças se reúnem na Casa para apontar as demandas da comunidade.

“A gente já teve uma audiência que deu origem à Comissão e estamos nos reunindo periodicamente. Hoje é dia dos povos indígenas da América. Vamos fazer uma reflexão como a política pública está sendo conduzida. Temos uma preocupação que as políticas públicas devem ser realizadas de baixo para cima, para atender às demandas da população. A nossa discussão é poder orientar para saber se tudo está adequado. Habitação, saúde, educação estão atendendo às demandas dos povos indígenas? A gente está dando o que eles precisam ou o que a gente acha que eles precisam?”, refletiu o vereador.

Aguinaldo Terena, líder indígena e integrante do Conselho Municipal de Direitos de Defesa dos Povos Indígenas de Campo Grande, explica que a Comissão garante que as políticas públicas cheguem aos aldeados.

“Segundo o IBGE, temos 19 mil indígenas em Campo Grande. A população cresceu. Temos 22 comunidades que ainda sofrem com a falta de moradia. Temos indígenas que moram em barracos. Nós queremos que a educação, saúde e educação chegue nesses lugares. Também queremos valorização da nossa cultura. Esportes para os jovens e nós precisamos do apoio do poder público”, disse.

A professora Luciane Gallo, representante indígena Guarani-Kaiowá, explicou que não é mais possível permitir educação de indígenas sem o respeito à língua materna. “Crianças sofrem quando entram nas escolas. Indígenas também enfrentam dificuldades quando buscam atendimento médico nas unidades de saúde. Precisamos de profissionais que falem a nossa língua materna”, destacou.

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