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Política

Maioria da bancada de MS considera CPIs como ‘distração’ na Câmara e foge das comissões

Três deputados de MS são suplentes na CPI que investiga o MST
Dândara Genelhú, Adriel Mattos, Mariane Chianezi -
Bancada de deputados federais de Mato Grosso do Sul. (Montagem: Agência Câmara)

A instalação de três CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) para investigar apostas esportivas, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a empresa Americanas pode ‘distrair a Câmara dos Deputados’, afirmam os parlamentares de Mato Grosso do Sul. Maior parte da bancada acredita que as comissões não deveriam ser instaladas neste momento.

O deputado e coordenador da bancada de MS, (PT), acredita que a CPI do MST não deveria existir. “Essa já vai ser a quinta CPI que pretende investigar o MST. Nas outras quatro não acharam nada e nesta não vai ser diferente”, afirmou.

Assim, disse que são “os bolsonaristas jogando para sua plateia e tentando achar espaço para se promover”. Por isso, garantiu que “é uma CPI que não tem razão de existir, não tem fato determinado”.

Vander lembrou que Camila Jara (PT) será suplente na Comissão. “Vai trabalhar para mostrar a verdade: que o MST é um movimento social legítimo, que luta pela democratização do acesso à terra e que contribui diretamente com o povo brasileiro, produzindo uma variedade de alimentos saudáveis, sendo, inclusive, o maior produtor de arroz orgânico da América Latina”, defendeu.

Contudo, para Camila Jara a CPI “foi instalada como uma tentativa de tirar o foco das discussões que o Brasil realmente precisa”. Apesar disso, afirmou ao Jornal Midiamax que assume o compromisso “de defender o movimento que mais contribui com a segurança alimentar do país e vamos aproveitar para apresentar dados”.

Então, como suplente, aproveitará para “divulgar a verdade sobre a agricultura familiar, que produz alimento sem veneno e ainda ajuda a conservar a natureza”.

Paralisação

Enquanto isso, Geraldo Resende (PSDB) afirma que a instalação de três CPIs pode causar paralisação do país. O deputado participa de comissões permanentes na .

Entre elas, a Comissão da Saúde e Comissão do Idoso. “Debatemos como garantir os direitos do segmento da população que mais cresce no país”, disse o titular das duas comissões.

Além disso, é titular das comissões que debatem a mortalidade materna no Brasil e políticas públicas de combate ao câncer. No entanto, agradeceu a não participação nas CPIs. “Graças a Deus não participo de nenhuma CPI que quer paralisar o Brasil em um Fla-flu eterno, inócuo e infrutífero”, destacou.

Dagoberto Nogueira (PSDB) também é contrário à realização das CPIs na Câmara. “Não fiz parte de nenhuma CPI e também não quero fazer parte de nenhuma delas, porque sou contrário à realização delas nesse momento”, disse.

No mesmo sentido de Camila, Dagoberto acredita que as comissões podem tirar o foco da Casa de Leis. “Acho que atrapalha agora nesse início de Governo. A gente precisando aprovar essa reforma tributária, tantas outras coisas importantes, mas houve uma pressão de vários líderes do Congresso nacional”, afirmou.

Assim, lembrou que as investigações chamam atenção. “Acho que nesse momento agora, essas CPIs atrapalham o Congresso. Acaba chamando atenção da imprensa e as coisas importantes para o lado”.

Por fim, destacou que não participa das comissões. “Não fiz parte de nenhuma CPI e também não quero fazer parte de nenhuma delas, porque sou contrário à realização delas nesse momento”, ressaltou.

Suplentes nas CPIs

Enquanto isso, dois deputados federais de MS saem a favor das CPIs, especialmente a CPI do MST. O deputado Marcos Pollon (PL) acredita que as investigações podem revelar ‘esquemas criminosos’.

“É preciso não apenas a urgente defesa das propriedades rurais, mas endurecer as penas de quem comete esse tipo de crime, afinal quem invade propriedade alheia e causa prejuízo ao bem e a família que mora ali deve pagar o que faz”, defendeu.

Enquanto o parlamentar Rodolfo Nogueira (PL), ressalta que as investigações têm como objetivo “saber quem são os financiadores desses atos criminosos que são as recorrentes invasões de terras”.

Ambos são suplentes na CPI do MST. O presidente da Comissão é o Tenente Coronel Zucco (Republicanos/Rs), Kim Kataguiri (União/SP) é o primeiro vice-presidente. Enquanto o Delegado Fabio Costa (PP/AL) e Evair Vieira De Melo (PP/ES) são segundo e terceiro vice-presidente, respectivamente. O relator do grupo é (Pl/Sp).

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