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Política

Arcabouço fiscal: de ‘apoio total’ a ‘risco’, deputados federais de MS se dividem sobre regras

O nome foi dado às novas regras do orçamento federal para substituir o teto de gastos que devem ser apresentadas este mês em Brasília
Dândara Genelhú, Anna Gomes, Evelin Cáceres -
bancada federal arcabouço fiscal
Bancada federal de Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação)

A bancada federal de Mato Grosso do Sul está dividida entre o apoio total e dúvidas sobre o risco à saúde fiscal do país em relação ao tema a ser discutido nesta semana em , que é o arcabouço fiscal.

O nome foi dado às novas regras do orçamento federal para substituir o teto de gastos. A proposta foi rebatizada de arcabouço fiscal e deve ser divulgada até o fim deste mês de março.

Líder da bancada federal de MS, Vander Loubet (PT) declarou apoio total a proposta. O deputado adianta que em breve o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad deve debater o assunto com o presidente da República Luis Inácio Lula da Silva (PT).

“O novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, com certeza terá nosso apoio. Já existe uma proposta construída pela equipe econômica do governo que deve ser apresentada pelo Haddad em breve, após passar pelo vice e pelo presidente Lula esta semana. Evidente que essa proposta vai ser debatida no Congresso Nacional, mas acredito que vamos aprovar, pois é algo que interessa muito ao país”.

Vander destaca que Lula tem compromisso com a responsabilidade fiscal, mas também entende que o governo não pode ficar engessado, pois para voltar a crescer o Brasil precisa de investimentos públicos, que inclusive possam incentivar os investimentos privados.

O tucano Beto Pereira (PSDB) prefere não comentar se é a favor ou contra o que foi apresentado até o momento. O parlamentar apenas destaca que a proposta ainda precisa de mudanças. “A proposta precisa ser detalhada e depois aperfeiçoada pela . Ainda é necessário um exercício muito grande para chegar ao texto final”, disse Beto.

Oposição do Governo Lula na Câmara Federal, Rodolfo Nogueira (PL), explica que a Câmara ainda não está sabendo detalhes sobre a proposta, mas acredita que rebatizar o nome e criar novas regras é um ‘risco a saúde fiscal’ do país.

“Até o momento pouquíssima ou até mesmo quase nada foi apresentado à Câmara sobre este assunto. O teto de gastos é uma regra fiscal que o Governo Federal tem que obedecer pois é uma das principais âncoras fiscais do país. Rebatizar seu nome e criar novas regras para substituir o que já temos e que já foi votado pelo Congresso Nacional através de uma emenda constitucional é um risco para a saúde fiscal do país e também para a economia, pois compromete a segurança que investidores que tinham no cumprimento das metas fiscal pelo governo”, criticou.

Geraldo Resende (PSDB) disse que deve aprovar o que for bom para Mato Grosso do Sul e gerar empregos para a população. “Estamos rotineiramente ouvindo especialistas, setores como indústria e comércio e vamos construir o voto em parceria, como foco na população”.

Para (PT), é inegável que o país precisa de uma nova âncora fiscal. “O teto de gasto nunca foi uma âncora segura porque cortava investimento em áreas cruciais para o desenvolvimento social. Tendo em vista esse cenário horrendo, o ministro está comprometido a estudar e apresentar uma nova proposta, que irá ajudar a conter o juros como também garantir o desenvolvimento social”.

O Jornal Midiamax entrou em contato com todos os deputados federais para questionar sobre o arcabouço fiscal e o espaço segue aberto para manifestação.

Arcabouço fiscal

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB), debatem uma nova regra do orçamento federal e está definindo o texto que será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes de ser enviado ao Congresso.

Tebet vem afirmando que o novo arcabouço fiscal vai agradar a todos, inclusive ao mercado financeiro porque atende tanto o lado da preocupação em zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação dívida/PIB, quanto garantir os investimentos necessários para o país voltar a crescer. 

Criado por emenda constitucional no fim de 2016, o teto de gastos é uma das três regras fiscais a que o governo tem de obedecer. As outras são a meta de resultado primário (déficit ou superávit), fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada ano, e a regra de ouro, instituída pelo Artigo 167 da Constituição e que obriga o governo a pedir, em alguns casos, autorização ao Congresso para emitir títulos da dívida pública.

Considerado uma das principais âncoras fiscais do país, o teto de gastos tem como objetivo impedir o descontrole das contas públicas.

O teto é corrigido pela inflação, mas cada item de despesa tem seu próprio ritmo de evolução. Gastos obrigatórios, como benefícios previdenciários e salários, têm historicamente crescido acima da inflação. Na prática, isso significa que o espaço para gastos “livres” da máquina pública, como investimentos e até programas sociais, é cada vez menor.

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