Após a reunião desta segunda-feira (9), Eduardo Riedel (PSDB) e outros governadores caminharam até o STF (Supremo Tribunal Federal). Eles acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ato simbólico de solidariedade à democracia brasileira.

A reunião durou pouco mais de uma hora e contou com a presença dos 27 governantes de estados brasileiros. O presidente agradeceu aos governadores pela presença no encontro, convocado de última hora após os ataques feitos no domingo (8).

“Vocês não vieram reivindicar nada, vieram prestar solidariedade ao país, solidariedade aos Poderes. As pessoas que estavam nas ruas, em frente aos quartéis, não tinham reivindicações”, disse Lula. Assim, ele garantiu aos governadores que estas pessoas “vão ficar presas até que a gente termine o inquérito”.

Lula destaca investigação

Como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já havia anunciado, Lula disse que há investigação sobre os financiamentos dos atos. “Nós queremos saber quem financiou, quem custeou, quem pagou para as pessoas ficarem tanto tempo”, pontuou.

O presidente Lula destacou a duração dos movimentos em frente aos quartéis após o resultado das eleições de 2022. “Não é possível um movimento durar o tanto que duraram em frente aos quartéis, sem financiamento”, disse.

Então, destacou que não será ‘morno com ninguém’. “Vamos investigar e vamos descobrir quem financiou”, garantiu.

Autoridades

Estavam presentes na reunião ministros do STF. A presidente do Supremo, ministra Rosa Weber afirmou que a Justiça irá punir os depredadores que atuaram no último domingo (8).

Além disso, destacou que mesmo com as instituições físicas depredadas, os Poderes seguem em atuação. “Nós vamos reconstruí-lo e dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário”, pontuou.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que os Poderes irão trabalhar para que “esse tipo de ato não chegue às outras unidades federativas”. Por sua vez, o ministro da Justiça, Flávio Dino, reforçou que a investigação dos financiamentos é prioridade.

“Sobretudo visando alcançar aqueles que financiam, que arquitetam, que engenham e não mostram sua face”, explicou.

Encontro com Riedel e governadores

O encontro foi marcado após os atos antidemocráticos deste domingo (8). A reunião foi tida como um símbolo da união do Brasil a favor da democracia. “A gente não precisa gostar um do outro, a gente precisa apenas se respeitar”, afirmou Lula.

“Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque ela é a nossa única razão pelo qual voltei a ser presidente da República”, disse o presidente. Assim, garantiu que está mantida a reunião de 27 de janeiro, que irá reunir os governadores novamente.

Contudo, o encontro do final do mês irá tratar sobre as reivindicações de cada estado. Além disso, afirmou que irá passar pelas 27 unidades federativas do Brasil. “Vocês só não me atendem se não quiserem, porque em cada estado que eu chegar vou procurar o governador”, comentou.

Durante a reunião, o Centro-Oeste foi representado pela vice-governadora Cecília Leão (PP). Então, Eduardo Riedel não teve momento de fala durante o encontro oficial.

Riedel diz que ‘não podemos aceitar violência’

Na véspera do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Eduardo Riedel (PSDB) disse que “não podemos aceitar nenhum tipo de violência”. Além disso, criticou a “depredação, seja do público ou privado”. Riedel e outros governadores irão se reunir com Lula em Brasília nesta segunda-feira (9), para tratar sobre os atos de depredação do domingo (8).

Assim, o governador de MS afirmou que “temos caminhado no sentido de buscar a união, trabalhar juntos pela população, pelo que as pessoas querem”. Por fim, disse que essa é a “a ordem que a gente tem que fazer pelas pessoas, pacificação”.

Riedel aparece em vídeo do PSDB com outros dois governadores eleitos pela legenda, Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco). Então, acompanhados do presidente do partido, Bruno Araújo, os governantes reprovaram as ações de depredação nos Três Poderes.