Adriane já teria concordado com revogação do ISS caso Consórcio não melhore serviço, diz vereador

Revogação deve ser feita pela Câmara caso serviço não melhore

Evelin Cáceres, Anna Gomes – 30/03/2023 – 12:46

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O vereador Edu Miranda, do Patriota (Divulgação, CMCG)

Da base da prefeita Adriane Lopes (Patriota), o vereador Edu Miranda afirmou nesta quinta-feira (30) que a líder do Executivo Municipal já estaria de acordo com a revogação do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) ao Consórcio Guaicurus, caso as empresas não melhorem a prestação de serviço de transporte coletivo em Campo Grande.

“Já fizemos reunião e se as empresas do Consórcio não se adequarem, não tem outro caminho a não ser revogar o ISS. Foi isso o que a prefeita comentou após esse encontro com o pessoal”, disse Miranda.

Segundo o vereador, a administração enfrenta há tempos muitas reclamações sobre a péssima qualidade da prestação do serviço. “Só de ônibus são 140 a menos nas ruas, está cada vez pior. E eles estão recebendo por isso. Se juntar todo mundo que trabalha em uma casa, com R$ 4,65 cada, compensa chamar um carro de aplicativo para sair”, disse.

O vereador afirmou receber mais de dez ligações por dia de eleitores reclamando do serviço do Consórcio. “Ela [Adriane] está ciente das reclamações. A Câmara reclama todo dia, todo dia a gente fala do transporte. Recebo, dez, quinze ligações de gente reclamando que não consegue andar de ônibus”, finalizou.

Revogação do ISS

O presidente da  de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), garantiu que caso o Consórcio Guaicurus não cumpra o acordo que fez com a Casa de colocar ônibus novos nas ruas, a isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) será revogada.

“Os ônibus estão em péssima qualidade. Foi feito um compromisso com a Câmara de melhorias. Caso não comprem ônibus novos, não melhorem as linhas arrumando os buracos, coloquem cobertura nos pontos e reformem os terminais, a Câmara vai revogar a isenção do ISSQN”, afirmou.

De acordo com Carlão, a transferência de recursos e isenções é entre a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio. “Isso é um problema deles, mas o compromisso feito com a Câmara nós vamos cobrar”. O prazo, segundo o presidente, é de 90 dias após o recebimento da primeira parcela dos repasses a serem realizados.

A Casa recebeu um ofício do Consórcio informando que, como está negativada no Cauc, a Prefeitura ainda não realizou os repasses, nem os de fevereiro.

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