Os vereadores de Campo Grande saíram em defesa dos servidores municipais, após o parlamentar Tiago Vargas (PSD) dar uma ‘carteirada’ e discutir com uma servidora em uma unidade de saúde da Capital. A Câmara pediu respeito aos trabalhadores da saúde e teve um bate-boca durante a manhã desta terça-feira (30), na Casa de Leis.

Vargas é famoso por fazer vídeos para as suas redes sociais. Os vereadores avaliaram que Tiago agiu de maneira ‘rude’ quando visitou a unidade de saúde e discutiu com uma servidora. Na contramão, o parlamentar se defende dizendo que estava apenas ‘fiscalizando’.

Betinho do Republicanos ressaltou que o trabalho do vereador é fiscalizar, mas de maneira respeitosa. “Não somos contra a fiscalização, mas a forma da abordagem precisa ser analisada. Os servidores públicos também têm os seus problemas pessoais e não temos o direito de sermos desrespeitosos. Com respeito e diálogo conseguimos evoluir em trabalho a sociedade. Queremos um bom atendimento e respeito as pessoas”, disse.

Sandro Benites (Patriota), considerou a atitude de Vargas como ‘exagerada’ e pediu respeito aos servidores públicos, principalmente às mulheres. “A servidora atua há 12 anos em uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento e ele exagerou. Eu já trabalhei em uma UPA e queria ratificar que nós como vereadores temos que fazer nosso papel de acompanhar o trabalho do executivo, porém, todo exagero precisa ser visto”, ressaltou.

Valdir Gomes, do PSD, também destacou a importância de respeitar os servidores públicos que sofrem com necessidades que existem na saúde. “Eles não têm culpa do atendimento que acontece nas UPAs, é a falta do material que lá não chega. A culpa não está nas UPAs e sim na dificuldade que eles têm pra trabalhar”.

Tiago Vargas rebateu os vereadores que criticaram sua atitude. Ele destacou que vai seguir realizando suas fiscalizações e pediu para cada vereador ‘cuidar do seu mandato’, adiantando que sua presença na unidade de saúde fez ‘brotar médicos’.

“Fui atender à solicitação de uma mãe e quando cheguei na unidade de saúde uma funcionária já saiu correndo. Era para ter quatro médicos e só tinha um. Outros médicos começaram a atender. Aconteceu uma pequena discussão com uma servidora, mas quem quer respeito tem que respeitar. Continuarei realizando as minhas fiscalizações e vou colocar o dedo na ferida”.