“Acho que seria muito bem-vinda e sei que o Lula trabalha nesse momento a vinda do PSD com Kassab para uma eventual federação nossa”, disse ao Jornal Midiamax. Para Zeca, a aliança entre os partidos está “praticamente sacramentada” e, com a definição, ele acredita que o partido “começa a resolver as eleições de 2022”.

“Eu sei que nós estamos bem, mas eu disse para o Lula que sou um homem desprovido de vaidade, se eventualmente precisar lá na frente, não tem problema nenhum abrir mão da cabeça de chapa”, disse com exclusividade ao Jornal Midiamax sobre o cenário de federação entre o PT e PSD.

Em MS, o PSD possui um pré-candidato ao Governo de MS: o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. Neste panorama de federação, Zeca abriria mão da pré-campanha para dar espaço para o cabeça de chapa do Partido Social Democrático em MS.

Ele afirmou que “não tem problema nenhum” em passar a bola para outro pré-candidato, pois, “a gente não pode ter vaidade e não pode querer tudo para nós”. Caso isso ocorra, está aberto para discutir “a questão da vice ou do Senado”.

O ex-governador de MS disse que o passe de bola para outro pré-candidato é para “contribuir para esse sonho acarretado pelo povo brasileiro para dar um fim ao desmonte, equívocos do governo Bolsonaro e devolver o governo para o Lula”.

Federações estendidas

Pré-candidato oficial do PT em MS para o cargo de governador do Estado, Zeca está positivo com a prorrogação das federações até 31 de maio. “Vão ser as primeiras eleições com as federações, que integra definitivamente a coisa escabrosa, vergonhosa que eram as coligações”, opinou.

Considerando as coligações como um ‘amontoado de interesses pessoais’, Zeca destacou que “agora tem princípio fundamental que é a aliança por quatro anos, que pressupõe um entendimento político, partidário e ideológico dessa federação”.

Os impactos em MS são condicionados ao cenário nacional, apontou o pré-candidato. Enquanto isso, disse que ficam naquela “história de fritar o peixe e olhar o gato”. Ele lembrou das movimentações do PT nacional com PSB, PCdoB, PV e a Rede.

Independentemente da decisão, Zeca ressaltou que “repercute nos estados, mas com a expectativa de fazer uma grande bancada”. O partido buscará formar uma grande lista de deputados federais, “para dar sustentação para o muito possível governo do Lula a partir do ano que vem”, disse otimista.