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Política

Na área de confronto, deputado culpa governo federal pelo conflito agrário em MS: ‘paralisou as demarcações’

O deputado lamentou a morte de Vitor e afirmou que o diálogo deve prevalecer
Dândara Genelhú -
Deputado estadual Pedro Kemp
Deputado estadual Pedro Kemp. Foto: Leonardo de França | Midiamax.

Para o deputado estadual (PT), os conflitos recente entre indígenas e a PM (Polícia Militar) de Mato Grosso do Sul são fruto da “omissão do governo federal, que paralisou todos os processos de demarcação das terras indígenas”. Na última sexta-feira (24), Vitor Fernandes, 42 anos, da etnia Guarani Kaiowá, foi morto durante retomada de terra em .

Sobre a paralisação das demarcações, Kemp afirma que a “etnia Guarani Kaiowá é a mais prejudicada por não ter seus territórios demarcados”. Ao Jornal Midiamax, o deputado disse que “enquanto isso não se resolver, infelizmente teremos muitos conflitos ainda pela frente”.

Vitor foi morto na última sexta-feira (24), durante ação de policiais do da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul no território Guapoy, área de retomada dos Guarani Kaiowá.

O corpo de Vitor é velado na Aldeia de Amambai, que está em luto pela perda. A tradição é de que o corpo seja sepultado no local onde ocorreu a morte.

A cova já foi até mesmo aberta, porém, os indígenas temem não conseguir seguir o costume e que o sepultamento seja impedido. Segundo uma jovem Guarani Kaiowá, os indígenas temem novas ações policiais, porque “as polícias estão circulando ainda e estamos aguardando o Ministério Público”.

Deputado em Amambai

À reportagem, o deputado conta que esteve em Amambai no sábado (25), para conversar com lideranças indígenas. “Lamentável o ocorrido, a rapidez e a forma truculenta como agiu a polícia militar, que resultou na morte de uma pessoa”, diz sobre a morte de Vitor.

Assim, o deputado afirma que “é preciso que o estado, em parceria com a polícia federal atuem no sentido de garantir a segurança das pessoas, e em caso de conflito acionem mecanismos de negociação, fazendo prevalecer o diálogo”. Para ele, a situação em Amambai ‘é bastante tensa’.

Ação em Amambai

Desde o dia 19 de junho, a aldeia indígena de Amambai, cidade a 352 quilômetros de , pedia apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos. Os problemas antecederam a invasão a uma propriedade rural no dia 23 deste mês e conflito com policiais militares, que resultou na morte do indígena. 

Já no dia 23, marco das primeiras movimentações na Borda da Mata, ofício foi encaminhado para a Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF (Ministério Público) e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No pedido, foi reforçada a situação de conflito interno na aldeia.

A ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar aconteceu após indígenas da etnia Guarani e Kaiowá retomarem uma parte do território de Guapoy, em Amambai. Os militares foram enviados à região e houve conflito. Pelo menos nove indígenas ficaram feridos e um acabou morrendo. Foi confirmada a morte do indígena Vitor Fernandes, de 42 anos. Três policiais militares tiveram ferimentos e foram atendidos no hospital da cidade.

Cimi (Conselho Indigenista Missionário) manifestou solidariedade à comunidade Kaiowá e Guarani do tekoha Guapo’y e aos familiares de Vitor Fernandes. Segundo o Conselho, Vitor foi “vítima de uma violenta e ilegal ação de despejo praticada pela Polícia Militar (PM) do estado de Mato Grosso do Sul no dia 24 de junho de 2022″.

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