Os deputados estaduais de se posicionaram a favor da paz e contra a solidariedade mostrada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. Acontece que uma semana antes do ataque do país soviético à Ucrânia que aconteceu na madrugada desta quinta-feira (24), Bolsonaro esteve no país governado por Vladimir Putin e prestou solidariedade. As palavras foram ditas antes do encontro com o presidente em meio à crise ucraniana.

Os ataques à Ucrânia começaram durante a madrugada e Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o assunto. O Itamaraty publicou uma nota nesta manhã apontando que a resolução pacífica é o caminho mais apropriado. Porém, a maioria dos deputados estaduais falaram que são contra a guerra. 

Pedro Kemp (PT) considerou como desastrosa a política externa do governo Bolsonaro. “Primeiro, afagava os EUA, quando seu aliado Donald Trump estava no poder. Agora, faz um aceno à Rússia, que está num conflito com os americanos e seus aliados. Na verdade, não tem uma posição firme de defesa da soberania e dos interesses do Brasil”.

Segundo Jamilson Name (sem partido), ele é contrário a qualquer tipo de violência. “Sou contrário a guerra, invasão, é preciso ter conversa, diálogo, existe política internacional para isso, sou contra qualquer ato de violência”.

Evander Vendramini (PP) afirmou que toda guerra deve ser repudiada. “Devemos sempre buscar resolver os conflitos com diálogo e diplomacia”.

Paulo Duarte (MDB) considerou que tudo o que o Brasil não precisa é instigar essa guerra. “O governo brasileiro deveria adotar uma posição diplomática pela paz”.

Amarildo Cruz (PT) classificou a invasão como equívoco. “Eu condeno qualquer tipo de invasão, falta de respeito à soberania seja de quem quer que seja. Os povos têm direito de se organizar e ser diretor de respeitabilidade e autonomia e democracia”.

Cruz disse que Bolsonaro é um ‘bobo da corte'. “Ele se pauta de tudo que é mais atrasado, absurdo e equivocado e isso cria problemas no campo das relações internacionais e problemas que afetam o país”.

Falta distorcida

Conforme (sem partido), a fala sobre solidariedade de Bolsonaro, foi distorcida. “A fala do presidente foi distorcida. Quando esteve na Rússia, ao lado de Vladimir Putin, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é solidário aos “países que se empenham pela paz” e defendeu a soberania dos Estados, o respeito ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas. Ele defendeu, em várias oportunidades, que ele sempre torcia pelo diálogo entre as nações para evitar conflitos bélicos”.

Antônio Vaz (Republicanos) afirmou que o presidente brasieiro foi bem claro quando disse ser a favor da paz. “Em momento nenhum, Bolsonaro disse que seria solidário a Putin no tocante à invasão à Ucrânia”.

João Henrique Catan (PL) afirmou que quando Bolsonaro visitou a Rússia, os entendimentos eram de paz. “O primeiro ponto é que quando o Bolsonaro estava na Rússia, os entendimentos solidários eram de paz, este é um ponto que precisa ser abordado. Segundo, apenas três potências têm condições verdadeiras de promover alguma intervenção diplomática relevante: EUA, e a própria Rússia. Todos estão numa posição delicada, porque têm relações importantes com a Ucrânia e também a Rússia, aliás, o mundo inteiro possui relações interligadas comercialmente, mas agora a questão de plano de fundo é geopolítica pura. Sem prejudicar os tratados e acordos internacionais, o que o Presidente Bolsonaro pode fazer é reforçar entendimentos de paz e a busca de soluções pacíficas preservando a soberania dos dois países”.