Pular para o conteúdo
Política

Justiça determina suspensão imediata da greve dos professores de Campo Grande

Órgão Especial do TJMS argumentou que mais de 110 mil alunos podem ser prejudicados 'às vésperas das férias'
Dândara Genelhú -
professores protesto greve prefeitura
Professores pediram reunião com a prefeita, nesta sexta-feira (Foto: Henrique Arakaki/ Jornal Midiamax)

A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) suspenda a . A decisão foi publicada na tarde desta terça-feira (6) e pede ação imediata dos professores da rede municipal de .

“Não é justo e tampouco crível que, a poucos dias do recesso escolar, os estudantes sejam privados do ensino e tenham que repor aulas futuramente, inclusive às vésperas do ano-novo”, pontua. O desembargador Sérgio Fernandes Martins assina a decisão.

Além disso, o desembargador destacou que a greve causa ‘prejuízo não só aos alunos, mas também aos pais e tutores’. Então, destacou que “110 mil alunos da rede municipal de ensino que serão diretamente prejudicados com a paralisação, sem direito à educação, alimentação e a conclusão do ano letivo”.

Assim, os professores devem suspender a greve, que teve início na última sexta-feira (2). Foi fixada de R$ 50 mil caso a decisão seja descumprida, que deverá ser paga pelo sindicato.

Decisão pode ser reanalisada

Por fim, o desembargador ressaltou que “a presente decisão não está, de forma alguma, suprimindo o direito constitucional de greve dos servidores da educação do município de Campo Grande”.

Martins afirmou que a paralisação deve cumprir requisitos mínimos da legislação. Por isso, decidiram pela suspensão do movimento em Campo Grande.

Contudo, informa que a decisão poderá ser reanalisada caso ocorra eventual cumprimento das disposições elencadas na lei. Entre elas, a manutenção de um percentual de professores atuando e a continuidade dos serviços de educação.

greve
Professores bloquearam Afonso Pena durante manifestação. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Falta de comunicação

Em manifestação na Justiça, a ACP disse que a falta de diálogo com a Prefeitura de Campo Grande ocasionou a paralisação completa das aulas. Os professores alegam não ter resposta do município quando encaminharam ofício para discutir quais serviços não seriam interrompidos.

A manifestação foi protocolada nesta segunda-feira (5). Representando a ACP, o advogado Ronaldo Franco afirmou que a prefeitura sonegou documento em que é sugerida multa diária de R$ 100 mil aos professores.

O sindicato foi intimado a se manifestar em despacho de 1º de dezembro. O desembargador Sérgio Fernandes Martins, do (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), quis ouvir os professores antes de decidir sobre a multa.

Então, nesta manifestação, a ACP disse que expediu ofício à prefeitura de Campo Grande. Eles afirmam ter pedido uma reunião com a prefeita Adriane Lopes (Patriota) e o MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) para definir os serviços que não seriam paralisados com a greve.

“A administração municipal, desde o início da paralisação, sequer respondeu o ofício supra”, disseram. Assim, afirmam que “a responsabilidade (até esse momento) da não manutenção de serviço essencial na rede pública municipal de ensino é da administração, por sua desídia”.

Protestos e greve

Professores estão em greve desde a última sexta-feira (2), na tentativa de acordar o pagamento do reajuste de 67% até 2024, previsto pela seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.

Entretanto, a prefeitura alega insuficiência para cumprir o pagamento, oferecendo 4,78%. A expectativa é que o ato grevista se estenda pelo menos até o dia 9 de dezembro.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Suspeito de matar cuidador de carros na Perpétuo Socorro é preso em Campo Grande

Delegada de Dourados é alvo de ataques racistas e misóginos nas redes sociais

omep campo grande

Justiça de MS condena ex-presidente da Omep e parentes a pagar R$ 4 milhões por improbidade

MSGás compra R$ 46,8 milhões em tubos para construção de gasoduto da Arauco

Notícias mais lidas agora

Mulher morre a caminho do trabalho em acidente com caminhão nas Moreninhas

Idoso foi esfaqueado e acertado com dez golpes de barra de ferro antes de ser enterrado em quintal do Caiobá

Conhece todos? Supercopa de Vôlei trará quatro campeões olímpicos a Campo Grande

Polícia Federal deflagra operação contra grilagem de terras e corrupção em MS

Últimas Notícias

Cotidiano

Incêndio na Serra do Amolar já consumiu quase 13 mil hectares e ameaça comunidade local

Propagação das chamas na reserva ambiental completa 10 dias

Brasil

Haddad: determinação de Lula e Trump é virar página equivocada na relação entre Brasil e EUA

Ministro afirmou que pode se reunir com Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA

Famosos

Odete Roitman está viva? Bastidores sugerem reviravolta chocante em Vale Tudo

Vale Tudo pode dar um desfecho para lá de inesperado a Odete Roitman (Deborah Bloch)

Polícia

Dívida de R$ 150 de amigo teria motivado assassinato de jovem no Caiobá

Acusado do assassinato foi preso no Paraná nessa segunda-feira (6)