Nesta segunda-feira (20), a pré-candidata à presidência da república Simone Tebet (MDB) relembrou as violências políticas que já sofreu. “A violência política é uma forma, ainda que velada, de afastar a mulher”, disse.

Em entrevista ao G1, a pré-candidata ao Planalto apontou alguns dos obstáculos que mulheres encontram na política. “Se uma mulher fala manso ela é considerada frágil para a política. Se mostra força e impõe suas ideias, quer ser professora”, afirmou.

“E quando fala alto, é histérica”, disse. Para a senadora por Mato Grosso do Sul, não se nasce mulher, se torna. “Eu era uma pessoa extremamente tímida e não imaginava estar na vida pública mesmo sendo apaixonada pela política”, lembrou.

Mulheres na política

Assim, com as violências políticas, Simone foi se tornando cada vez mais mulher. “A primeira vez que sofri violência política, fui no banheiro chorar. Na segunda vez, não chorei mas não soube reagir à altura. Na terceira, eu estava pronta”, relatou em entrevista.

Simone lembrou que é representante de uma legião de mulheres. “Sei da responsabilidade que tenho”, pontuou. Vale lembrar que durante a CPI da Pandemia, quando a senadora sul-mato-grossense questionou o ministro Wagner Rosário (CGU), que a chamou de “descontrolada” durante a sessão da Comissão. Simone reagiu ao episódio machista.

Durante a entrevista, a pré-candidata também apontou dados sobre a participação feminina na política brasileira. “Somos um dos últimos países do mundo em representação feminina na política. Temos apenas 15% de mulheres na política”, disse.