Magno de Souza, candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul que teve a candidatura indeferida com recurso, votou no início da tarde deste domingo (2).
O candidato do PCO (Partido da Causa Operária) votou na Escola Municipal Tengatuí Marangatú, no início da tarde na Aldeia Jaguapiru, que faz parte da Reserva Federal Indígena de Dourados. No local alguns eleitores tiveram que enfrentar filas.
As aldeias Jaguapiru, Bororó e Panambi somam 7,6 mil votantes. Magno atendeu a imprensa e falou das dificuldades enfrentadas na disputa. Ainda diante da urna eletrônica, o candidato fez o ‘L” e disse que nas próximas eleições irá se preparar melhor.
Em seu pronunciamento ao fim do primeiro turno, Magno de Souza iniciou: “Acham que indígena não tem entendimento pra nada e pode sempre ficar no seu canto”, declarou ele.
“Dor no coração”, diz Magno de Souza
Magno também respondeu que conseguiu levar a mensagem a seu eleitor, mas se emocionou e chorou durante a resposta: “Fico muito triste, com dor no meu coração de não ter conseguido chegar a um nível alto, de não chegar até a minha comunidade indígena Guarani Kaiwoá, que está sofrendo, que não está sabendo pra quem votar, que não sabe o número e nem como vai votar”, lamentou o candidato sub-judice, com a voz embargada.
“Mas eu dou graças a Deus que fomos bem recebidos em vários municípios, aldeias e retomadas. E a gente espera não só a eleição, mas conversar mais com a comunidade. Simplesmente somos contra os latifundiários, que deixaram um pedacinho para os indígenas e eles estão sem espaço nas aldeias. Essa é minha luta, afirmou.
Por fim, Magno de Souza deixou seu recado. “Agradeço que nós conseguimos vencer essa campanha roendo a unha, comendo as unhas, mas nós conseguimos chegar até onde nós queríamos chegar. Não somos um partido da burguesia, somos um partido pequeno que não tem dinheiro, estamos na luta pela causa do trabalhador”, finalizou o candidato.
