As eleições gerais de 2022, que tem o primeiro turno realizado neste domingo (2), marcam a chegada de uma nova versão da urna eletrônica, em uso desde 1996 no Brasil. Eleitores de Mato Grosso do Sul verão a nova urna hoje, mas não todos.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o modelo antigo ainda será usado em algumas seções eleitorais, já que a substituição será gradativa. Apesar de apresentarem algumas diferenças entre si, todas as versões da urna rodam com os mesmos programas.

A diferença para a urna antiga será basicamente visual, mas os modelos atuais rodam com os mesmos sistemas, mecanismos de segurança e recursos de acessibilidade voltados para pessoas com deficiência.

O que mudou na nova urna eletrônica?

A nova urna, modelo UE2020, conta com tela colorida, processador 18 vezes mais rápido que a antecessora (UE2015) e bateria projetada para durar por toda a vida útil do aparelho, o que exige um custo menor de conservação.

O teclado da urna foi otimizado e possui teclas com duplo fator de contato. A tecnologia permite que o próprio teclado possa indicar erro, em caso de mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente.

Outra inovação está no terminal do mesário, que contém o leitor biométrico usado para identificar os eleitores. Agora, a tela é totalmente gráfica, com superfície sensível ao toque e sem teclado físico.

Todas as urnas passarão a ter intérprete de Libras

Tanto a nova urna quanto aquelas dos modelos antigos terão um intérprete de Libras na tela da urna para indicar às eleitoras e aos eleitores surdos quais cargos estão em votação no momento. 

Além do sistema Braille e da identificação da tecla 5 no teclado da urna, também são disponibilizados nas seções eleitorais fones de ouvido para que pessoas cegas ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato em voz sintetizada.