Vereadores tentam emplacar suas categorias como prioridade na vacinação contra o coronavírus

Com o avanço recente da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, vereadores de Campo Grande tentam emplacar suas categorias de origem entre os grupos prioritários de vacinação contra o coronavírus. O argumento em geral é que, em meio ao pior momento de toda a pandemia no Estado, seus “representados” estão expostos à contaminação e têm suas […]

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Com o avanço recente da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, vereadores de Campo Grande tentam emplacar suas categorias de origem entre os grupos prioritários de vacinação contra o coronavírus. O argumento em geral é que, em meio ao pior momento de toda a pandemia no Estado, seus “representados” estão expostos à contaminação e têm suas vidas em risco.

Com isso, pedem inclusão de professores, estudantes de medicina e residentes dos hospitais, além de profissionais da segurança pública. Conforme o vacinômetro disponibilizado pelo Governo do Estado, 214.649 doses já foram aplicadas em MS.

Os primeiros grupos prioritários, estabelecidos pelo Ministério da Saúde, foram formados por trabalhadores da Saúde, indígenas aldeados, idosos em asilos, pessoas com deficiência em instituições e idosos com 80 anos ou mais.

Com dados da contaminação e número de mortes entre os policiais militares, o vereador Coronel Alírio Vilassanti (PSL) pediu inclusão da categoria como prioritária. Até o momento, MS contabiliza quatro óbitos e 645 casos confirmados entre esses profissionais.

“É notório que a adoção de medidas sanitárias de biossegurança não foram suficientes para impedir a propagação [do coronavírus] entre os profissionais de Segurança Pública”, argumentou o vereador.  Para piorar a situação, “os afastamentos em decorrência das contaminações têm afetado sobremaneira a capacidade da Corporação”, explicou.

Polêmica com a volta às aulas

Ao defender vacinação para os professores, vereador chegou a transformar o debate em discussão acirrada na última semana. A briga foi por ele ser favorável também à volta às aulas. Estreante na Câmara Municipal, Professor Juari (PSDB) é partidário da inclusão dos trabalhadores da Educação entre os grupos prioritários da vacinação. A defesa, porém, veio em meio a polêmica.

Juari usou a palavra livre na sessão de 4 de março para apoiar a volta às aulas de forma presencial, alegando que os alunos da rede pública estavam em desvantagem em relação ao da privada. Ele qualificou a situação como um “distanciamento cognitivo”.

A postura causou tensão entre os colegas. Estes, em maioria, discordaram da avaliação do parlamentar. Eles apontaram até a falta de coesão entre as gestões do governador Reinaldo Azambuja e de outros tucanos.

Estudantes de Medicina

Também professor, o vereador André Luis (Rede) foi autor do pedido mais recente para inclusão de prioridade. Em sessão nesta semana, ele solicitou que acadêmicos da área da Saúde sejam imunizados.

O pedido foi feito àqueles que cursam o último ano e, por isso, são obrigados a fazerem estágio nos hospitais. Na lista, além de quem estuda Medicina ele mencionou os alunos de fisioterapia e outros da área da Saúde.

Na sessão, recebeu a resposta de que o pedido já havia sido anteriormente enviado ao secretário de Saúde e que esses grupos seriam imunizados a partir desta semana.

Consórcio para compra de vacina

O movimento para inclusão de categorias também é beneficiado da autorização para que Estados e, especificamente, municípios, possam ir às compras para adquirir vacinas.

A Câmara já aprovou, e o prefeito Marquinhos Trad (PSD) sancionou, proposta que inclui Campo Grande em um consórcio nacional para compra de imunizantes para a vacinação contra o coronavírus.

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