“Silêncio falou muito e falou alto”, diz Soraya Thronicke sobre presença do sócio da Precisa na CPI da Covid

O sócio da empresa investigada por corrupção em contratos de vacinas contra Covid ficou em silêncio em maior parte do depoimento

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Senador Soraya Thronicke é a presidente do União Brasil em MS
Senador Soraya Thronicke é a presidente do União Brasil em MS

Investigado pela CPI da Covid, o sócio-administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, permaneceu em silêncio durante a maior parte da sessão desta quinta-feira (19). Assim, a senadora eleita em Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (PSL), disse que “o silêncio falou muito e falou alto”.

Questionado pelos senadores sobre a negociação da Covaxin por parte da Precisa, o sócio-administrador optou por exercer a lei do silêncio, para não se incriminar de alguma forma. O imunizante indiano que seria importado para o Brasil por meio da empresa, não foi adquirido por suspeitas de corrupção.

Então, uma das questões levantadas por Soraya foi como a Precisa foi comunicada pelo Ministério da Saúde sobre o cancelamento do contrato com a Covaxin. “Foi uma notificação”, disse Francisco sem informar se o documento foi de rescisão ou suspensão da contratação.

Assim, ao final da sessão a senadora questionou a contratação de Newton Carneiro na Precisa, mesmo com passagem pelas investigações da Lava Jato. O depoente prometeu passar os dados para a Comissão posteriormente.

Também na CPI, a senadora sul-mato-grossense, Simone Tebet (MDB), indagou novamente o real papel da Precisa na negociação da Covaxin. A parlamentar fez os questionamentos seguidos um do outro, destacando que não iria fazer perguntas “para a todo momento V.Sa. possa dizer que quer ficar calado”.

A mesma situação, de preferir o silêncio, fez o advogado Túlio Belchior da Silveira, que atuou na negociação da Covaxin, passar de testemunha para investigado. Na sessão da última quarta-feira (18), Simone levantou questões sobre o papel da Precisa Medicamentos na negociação da vacina.

Ela pontuou que a empresa “não é representante exclusiva, não possui procuração legítima para receber citação e responder administrativa e judicialmente”. Ela apontou que a empresa ainda não foi considerada pelo Ministério da Saúde como importadora. No entanto, o advogado alegou sigilo profissional do advogado, amparado por habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal).

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