Senadores de MS se solidarizam com Fabiano Contarato após episódio de homofobia

Otávio Fakhoury fez comentários homofóbicos ao compartilhar publicação do senador Fabiano Contarato

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Senadoras Simone Tebet (MDB)
Senadoras Simone Tebet (MDB)

Os senadores sul-mato-grossenses Simone Tebet (MDB) e Nelsinho Trad (PSD) se solidarizaram com o senador do Espírito Santo, Fabiano Contarato (Rede Sustentabilidade). O parlamentar sofreu episódio de homofobia ao ter uma publicação compartilhada pelo empresário Otávio Fakhoury.

Ouvido pela CPI, o empresário teve uma publicação exposta, que ofende o senador Contarato. O próprio parlamentar comentou o post e apontou a situação de homofobia que viveu.

Assim, nesta sexta-feira (1º), a senadora Simone Tebet publicou nas redes sociais que além de solidariedade e respeito, possui “admiração ao Senador Contarato que, ao defender sua dignidade ofendida, optou por fazê-lo em nome de todos”. Ela definiu o episódio de homofobia como “cinismo e a barbárie de alguns, a quem faltam princípios mínimos de humanidade e que teimam na involução do processo civilizatório”.

Já o senador Nelsinho Trad, destacou que “orientação sexual não define caráter. Homofobia é crime e não pode ser admitida”. Assim, estendeu “apoio pelo fim do preconceito e garantia de direitos”.

Na última quinta-feira (30), a senadora Soraya Thronicke se manifestou sobre o ocorrido e apoiou o parlamentar. “Pessoas brilhantes falam sobre ideias, pessoas medíocres falam sobre coisas, e PESSOAS PEQUENAS falam sobre outras pessoas (Dick Corrigan)”, publicou a senadora de MS.

Discurso na CPI

O senador destacou que o post utilizado para fazer a publicação continha um erro de grafia. No entanto, disse que ficou admirado por ver alguém de maioridade se propôr ao papel homofóbico. “O senhor é casado, tem filhos, a sua família não é melhor do que a minha”

Ele lembrou ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal), tardiamente, criminalizou a homofobia, equiparando com racismo. “O mesmo Supremo que o senhor defende para extinguir”, apontou ele.

Em relato humanizado, ele disse que foi difícil expôr a vida pessoal, família e filhos para falar sobre a publicação. “Mas é necessário, para que outros não sofram o mesmo. Porque se o senhor faz isso comigo, sendo um senador da república, imagine em um Brasil que mais mata LGBTQIA+”, afirmou.

“Então, o mínimo que o senhor deveria fazer é pedir desculpa não só a mim, mas sim a toda a população LGBTQIA+”, ressaltou. Por fim, o senador pediu que os prints fossem encaminhados para as autoridades policiais. Assim, disse que irá apurar a responsabilidade por crime de homofobia.

Conteúdos relacionados

computador
costa rica