Relator de projeto no Senado, Nelsinho defende distribuição igualitária de vacinas contra covid-19

Para parlamentar de Mato Grosso do Sul, governo federal não pode priorizar estados na distribuição das vacinas contra o novo coronavírus.

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O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) defendeu uma distribuição uniforme das vacinas contra a covid-19 para todos os estados e municípios brasileiros. O parlamentar é relator de projeto de lei aprovado pelo Senado que estabelece critérios técnicos para a partilha das doses, como dados demográficos, epidemiológicos e sanitários.

“Claro que essa determinação, quanto à distribuição, vai depender do tipo de vacina aprovada pela Anvisa, inclusive sobre os tipos de refrigeração, se terão uma logística mais condizente com o território brasileiro, que é continental, com altas temperaturas. Mas o nosso intuito é a garantia de uma distribuição homogênea, transparente e totalmente voltada à sua uniformidade em todo o território brasileiro”, disse Nelsinho, em entrevista à Agência Senado.

“Isso significa que não haverá estado mais priorizado do que outro. A coordenadoria de imunização do Ministério da Saúde promove campanhas denominadas Dia D da Vacinação, e a gente observa que eles têm expertise para esse enfrentamento”, completou.

O projeto relatado pelo sul-mato-grossense também prevê que grupos mais vulneráveis sejam priorizados na vacinação. O texto é de autoria de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e foi aprovado em dezembro no Senado. Agora, aguarda análise da Câmara dos Deputados.

O governo federal segue atrasado na elaboração de um plano nacional de vacinação contra a covid-19. Ainda não há data para o início da imunização, tampouco doses garantidas suficientes para toda a população.

Além disso, o pregão aberto para compra de seringas e agulhas fracassou. Apenas 7,9 milhões dos 331 milhões de itens licitados receberam ofertas.

Com isso, a estratégia mais avançada é a do governo de São Paulo, que prevê começar a vacinação no dia 25 de janeiro. Mas o estado depende da aprovação da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com chinesa Sinovac, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Governo federal prevê distribuição de 1,7 milhão de vacinas para MS

Mato Grosso do Sul deve receber 1,7 milhão de doses da CoronaVac pelo governo federal, que comprou 100 milhões de doses e garantiu exclusividade do imunizante pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A prefeitura de Campo Grande também manifestou intenção de comprar 343,8 mil doses da CoronaVac e aguarda sinalização do Butantan quanto à disponibilidade. Além disso, encaminha projeto de lei que autoriza compra de vacinas que estão fora dos planos do governo federal.

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