Um dia após os atos de 7 de setembro, parlamentares e legendas comentam sobre as manifestações. Nesta quarta-feira (8), o PSL (Partido Social Liberal) e o DEM (Democratas) publicaram nota criticando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) devido ao discurso feito no dia da Independência.

Para os partidos, a liberdade é o principal instrumento democrático e não deve ser utilizada para criar discórdia, disseminação de ódio ou “ameaças aos pilares da própria democracia. Por isso, repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país”.

Os partidos destacaram que os conflitos causados por esse tipo de manifestação deixam de lado soluções para problemas que afligem os brasileiros. “Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas os milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda”, publicaram.

Por fim, afirmam que se não existem condições mínimas para uma vida digna, o Brasil não pode ser considerado independente. “Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas. Coloquemos as mãos à obra”, finalizaram.

Presidido nacionalmente pelo ACM Neto (BA), o DEM tem representantes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. São da legenda o deputado estadual Zé Teixeira e o deputado Barbosinha. Na Câmara de Campo Grande, os vereadores Professor Riverton e Silvio Pitu representam o partido.

Já o PSL é liderado nacionalmente por Luciano Bivar (PE). Em MS, a legenda conta apenas com o Capitão Contar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que participou inclusive  dos atos pró-Bolsonaro. Na Câmara da Capital, o vereador Coronel Alírio Vilassanti é representante do partido.