faz com e Bolívia. De lá, saem as drogas, passando pelo Estado, que abastece o país. Por isso, o deputado Eduardo Rocha (MDB) defendeu nesta quinta-feira (24), a criação de uma Polícia de Fronteira, em um pedido feito à União.

Rocha pediu empenho aos deputados pela sensibilização ao Governo Federal para a criação de uma Polícia de Fronteira. “Mato Grosso do Sul faz fronteira com os dois maiores produtores que abastecem o país inteiro, que é o Paraguai e a Bolívia”.

Conforme o parlamentar, é preciso convencer a União para criar uma Polícia de Fronteira, especificamente, especializada, bem equipada. “Porque a droga que passa aqui abastece até outros países. Não é tirar outra polícia, é uma polícia a mais. Precisamos estancar essa entrada”, disse.

Segundo o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), projeto federal, fica na metade. “Só vamos dar a segurança que a nossa população é merecedora, no direito à vida e à segurança, na medida que tivermos as fronteiras protegidas”.

O deputado destacou que são mais de 1.700 quilômetros de fronteira no Estado. “Mais de 15 mil homens e mulheres que hoje estão aprisionados no Estado, praticamente metade é envolvida com drogas, que é um crime federal. Precisamos do envolvimento federal, para que haja investimento”.

O deputado Barbosinha (DEM), ex-secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, relembrou que o Governo do Estado já até entrou com ação contra a União para cobrar o ressarcimento ao Mato Grosso do Sul quanto aos presos do tráfico federal, que ocupam espaço em presídios estaduais. “Temos que criar um estímulo ao policial que trabalha na fronteira. Quem trabalha lá está preparado para trabalhar em qualquer lugar, mas é preciso que o União auxilie o Estado. Somos penalizados pela eficiência. É o que mais prende, é o que mais apreende droga, isso gera uma acomodação até das Forças Armadas que participa no resguardo das fronteiras”.