Nesta terça-feira (17), a CPI da Covid discutiu sobre o documento privado do TCU (Tribunal de Contas da União) que foi amplamente divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para a senadora Simone Tebet (MDB), a divulgação do arquivo configura crime comum e de responsabilidade e é a “materialidade dos crimes cometidos”.

“Agora temos a digital”, disse ela sobre a confirmação de que o documento foi enviado para Bolsonaro, que posteriormente divulgou o arquivo. O relatório foi escrito pelo auditor do órgão, Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ouvido pela CPI nesta terça-feira (17), ele disse que o texto é “inconclusivo, superficial e bem embrionário”.

O auditor confessou ainda que mandou o documento para o próprio pai, o coronel da reserva Ricardo Silva Marques. Assim, Ricardo enviou para o presidente Jair Bolsonaro.

Então, para a senadora de Mato Grosso do Sul, o “presidente se apropriou de um documento privado, que havia recebido por WhatsApp”. A parlamentar ainda comentou sobre as alterações do arquivo.

“Teve a capacidade de colocar um selo fajuto, do Tribunal de Contas da União, um dos órgãos de fiscalização e controle mais sérios deste país. E mais do que isso, dizer publicamente, sabendo que não era, que o documento era público”, ressaltou na CPI. Ela apontou que, como se tratava de um arquivo privado, “isso é crime comum e crime de responsabilidade, senhor presidente”.