Parte da bancada federal de Mato Grosso do Sul concorda com o decreto de prisão por parte do presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), contra o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias – que pagou fiança e foi liberado após cinco horas detido na quarta-feira (7).
“No meu entender, o senador agiu corretamente. Primeiro, para as pessoas perceberem a seriedade que a comissão tem de ter. Ele está participando de uma CPI, isso é muito sério, as pessoas estão desprezando isso, mentindo, agindo de uma forma cínica até, pensam que a vida é pra ser um circo”, opina o deputado Dagoberto Nogueira (PDT).
Para ele, a reação do presidente retoma a seriedade com que a CPI tem de ser encarada. “Lá não é lugar de mentir. Mais de 500 mil mortos e se não levar isso com seriedade, o que pode ser deste país”.
O deputado Fábio Trad (PSD) concorda com a postura do senador, uma vez que colegiados desta natureza têm poder de ‘resguardar a integridade das provas e a eficácia das investigações’. “De forma que a medida adotada não me parece ter transbordado dos limites de suas atribuições como presidente”.
Ele acrescenta que se em relação aos outros depoimentos o senador não adotou a mesma medida, ‘cabe dizer que um erro não justifica o outro’. “Não há obrigatoriedade de se respeitar precedentes contrários à lei. Por isso, agiu corretamente o presidente Aziz”. Roberto Ferreira Dias vai responder por perjúrio em liberdade.
A reportagem acionou todos os deputados federais e senadores – o espaço continua aberto para manifestação.