‘Não tem nem o que discutir’: CCJ rejeita projeto que previa exame toxicológico para professores

Vereadores citam inviabilidade da medida e falta de detalhes da execução para vetar

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Projeto de lei que queria obrigar professores a fazerem exame toxicológico foi rejeitado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Municipal de Campo Grande, durante reunião nesta sexta-feira (29). Com isso, a medida sequer chega ao plenário para discussão dos parlamentares e é arquivada.

“Não tem nem o que discutir, os professores já vêm de uma pandemia massacrados, estão com salários achatados. Não houve caso em Campo Grande de professor na Reme [Rede Municipal de Ensino]. Se mostrarem casos com essa situação, mas não tem. Projeto tem meu total veto, pela não tramitação”, disse o vereador Marcos Tabosa (PDT), que relatou a proposta na CCJ.

Em 19 de outubro, vereadores se posicionaram contra a medida durante a sessão daquele dia. O vereador Tiago Vargas (PSD) é o autor. Para os contrários, a medida marginaliza a profissão, ao invés de promover melhorias que a categoria precisa. Presidente da Comissão de Justiça, o vereador Otávio Trad (PSD) concordou ‘absolutamente’ com o relator e disse ainda que não foi citado quem arcaria com o custo do exame.

“Imagine do ponto de vista prático, como funcionaria. Como que a prefeitura vai fazer a seleção daqueles que fizeram e não. Enquanto isso, como fica a sala de aula, vai esperar o professor fazer o exame? E se o professor não tiver condições de arcar? Está muito vago como será a desenvoltura prática. Nós temos que ter essa preocupação, podemos votar uma matéria e causar dúvidas. E, ele aprovado, causaria um caos”, afirmou.

Projeto como este desmoraliza o profissional da educação, completou o vereador Ademir Santana (PSDB). 

 

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