No Brasil, 56,6% dos servidores acreditam que a corrupção está diretamente ligada à impunidade. Outros 51,2% atribuem a ganância. O apontamento é resultado da pesquisa do Banco Mundial, publicada nesta quinta-feira (11).

Para o levantamento da perspectiva dos servidores, foram ouvidos funcionários públicos de todos os estados brasileiros. Dentre os que responderam ao questionário, 2% eram servidores sul-mato-grossenses.

Assim, seis a cada dez servidores afirmam ter presenciado atos de corrupção no trabalho. Dentre os funcionários públicos que responderam ao questionário, 58,9% testemunharam práticas antiéticas que utilizavam a posição para ajudar um amigo ou familiar.

A coleta de dados para elaboração do relatório aconteceu online entre 28 de abril a 28 de maio de 2021. Considerando os últimos três anos, 62,5% dos servidores afirmaram ter sofrido pressão para flexibilizar regras e procedimentos da organização em que trabalha.

Apesar de presenciarem atos de corrupção, apenas 12% dos servidores formalizam denúncias. Destes, 41% afirmam que a notificação não teve andamento.

O relatório conclui que “sob o ponto de vista dos servidores, a corrupção no serviço público é frequente e multifacetada”. O possui o Plano Anticorrupção 2020 – 2025, que estima focar no aumento da transparência para combate à corrupção.  Assim, o relatório afirma que “o fortalecimento do arcabouço legal contra a corrupção deve ser complementado por medidas para a sua implementação e constante avaliação”.