A maioria dos 29 vereadores de Campo Grande começou o primeiro mandato em 2021, mas alguns já traçam planos para disputa no próximo ano ou, no mínimo, não descartam a possibilidade tendo em vista que o partido pretende concorrer a cargos maiores. Há quem seja mais categórico em afirmar que permanecerá como vereador, sem tentativa no pleito eleitoral de 2022.

“Quero cumprir meu mandato por quatro anos, não sou candidato para 2022, ficarei na arquibancada e trabalho por minha cidade”, disse Edu Miranda. Colega da mesma sigla partidária, Sandro Benites também não tem pretensões eleitorais no próximo ano. 

Professor Juari (PSDB) começou a carreira no parlamento municipal em 2021 e, segundo ele, professores e administrativos da educação querem que ele seja candidato a deputado federal. No entanto, diz: “só serei candidato se a Rose Modesto não for candidata à federal. Caso seja, a apoiarei”.

“Estou tão focado no mandato de vereador que nem pensei nisso”, disse o vereador Ronilço Guerreiro (Podemos). De acordo com o parlamentar, o cenário ainda será analisado, mas, ainda assim, o ‘foco neste momento é fazer um bom mandato’, apesar de ponderar também que ‘política é dinâmica’. “Vamos ver a direção do meu partido”.

No grupo dos mais cautelosos, João Rocha (PSDB) afirma que o time avalia o ‘desdobramento do quadro político’. Jamal Salem, do MDB, voltou à Câmara Municipal neste ano, após quatro anos. Hoje, também diz que não decidiu quanto à concorrer no próximo ano.

Entre os que dizem não às eleições do próximo ano, estão o presidente da Casa de Leis, vereador Carlão (PSB), e o líder do prefeito, Beto Avelar (PSD). “Por hora não tenho intenção de concorrer a uma vaga em 2022. Na condição de líder do prefeito na câmara a intenção é cumprir o meu mandato”.

Papy (SD), no segundo mandato de vereador, afirma que, como presidente estadual de seu partido, ‘invevitavelmente já estou praprando para a eleição de 2022’. “Tenho compromisso de montar as chapas para a disputa do solidariedade, no entanto a minha candidatura está sendo discutida ainda, Porém o trabalho está a todo vapor”. 

Quem também pretende permanecer no Câmara é o vereador Airton Araújo (PT), que quer apoiar o deputado Cabo Almi (PT), em sua reeleição como deputado estadual, bem como Coringa (PSD), Marcos Tabosa (PDT) e Camila Jara (PT). “Estamos focados nas ações de Campo Grande, por ora, em melhorar a vida dos campo-grandenses”.

‘Novos voos’

“Por ser um soldado do meu partido, tendo a convicção que posso contribuir com o crescimento do nosso estado, estou pré-candidato a deputado estadual”, diz Coronal Alírio Villasanti (PSL), que iniciou o primeiro mandato no Legislativo municipal em 2021. Ele cita que seu partido vai lançar candidato ao Governo de MS – o candidato pode ser o deputado Capitão Contar ou Soraya Thronicke.

Estreante também, Professor André Luis (Rede) afirma que a ‘proposta é candidatura ao governo estadual’.  Valdir Gomes, do PSD, diz que já tem vários convites. 

“Estou no meu terceiro mandato e o legislativo municipal é uma esfera extremamente importante para mim. E justamente em razão do meu preparo e da minha experiência como parlamentar vejo de forma natural a possibilidade de contribuir com a Casa de Leis do Estado no futuro”, disse o vereador Otávio Trad (PSD).

Do DEM, Professor Riverton fala sobre projetos e início de trabalhado como vereador, em especial na educação. Porém, admite que se sua sigla entender que seu nome é relevante para o próximo pleito, ‘com certeza atenderei ao chamado’. “Mas o foco agora é a população de Campo Grande, que confiou em mim e me elegeu”.

Para Willian Maksoud (PTB), a ‘expansão’ da caminhada é ‘algo que ocorrerá de forma natural’. “Estou à disposição aos anseios da população, e se assim quiser o povo, estou disposto a alçar novos voos e lutar também pelas carências em âmbito estadual”.