Pular para o conteúdo
Política

Governo de MS culpa prefeitos e diz que decisão sobre lockdown cabe aos municípios

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende desconversou sobre a responsabilidade do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre o lockdown em Mato Grosso do Sul para frear o avanço do coronavírus e disse caber aos prefeitos a decisão de adotar medidas mais restritivas de circulação. Questionado se o governador estaria evitando tomar medidas mais rígidas visando […]
Arquivo -

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende desconversou sobre a responsabilidade do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sobre o lockdown em Mato Grosso do Sul para frear o avanço do coronavírus e disse caber aos prefeitos a decisão de adotar medidas mais restritivas de circulação. Questionado se o governador estaria evitando tomar medidas mais rígidas visando não se comprometer com os apoiadores empresários, contrários a medidas de maiores restrições, Resende respondeu que o Estado já adotou o programa Prosseguir – que classifica os municípios conforme o risco de contaminação para .

“Compete aos municípios adotarem o programa Prosseguir, é o mais valioso que adotamos, inclusive mandamos nosso programa para outros estados”, disse Geraldo.

Para o secretário, o governo tomou as providências cabíveis emitindo as recomendações aos municípios. “Não adianta cobrar do Estado, se municípios não estiverem fazendo sua parte. está com bandeira vermelha, então, o toque de recolher deveria ser, no mínimo, a partir de 22h ou 21h [atualmente é a partir das 23h]”, disse Resende, completando que o Estado decretou toque de recolher baseado na classificação de cada município.

‘Lockdown pra ontem’

No entanto, a medida mais recomendada por especialistas é o Lockdown – que consiste no funcionamento somente de serviços essenciais por determinado período. “É preciso tomar medidas mais restritivas”, disse o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda.

Porém, Resende acredita que seria necessário uma decisão do governo federal nesse sentido. “O governo do Estado entende que precisa ter uniformidade de medidas no país, comandado pelo governo federal”, declarou. Na semana passada, ele e outros 26 secretários de saúde enviaram carta ao Ministério da Saúde pedindo um lockdown em estados com ocupação em leitos UTI superior a 80%.

Responsabilidade de prefeitos

Resende reforçou que cabe aos municípios tomar as decisões para conter o avanço da . “O governo deu a todos os municípios todos os instrumentos como insumos e o programa Prosseguir que, infelizmente, por cederem a pressões de grupos, os municípios não os adotam”, disse.

Além disso, o secretário isentou a parcela do governo do Estado no aumento da taxa de ocupação de leitos UTI, que chegou a 94% em MS. “Não espere do governo do estado a questão da responsabilidade. Os municípios contam com apoio do governo, das nossas forças de segurança como Polícia Civil e Militar para ajudar onde tem Guarda Municipal. Temos ajudado financeiramente, aqui em Campo Grande, os recursos aplicados pelo Estado é muito superior ao que o município aplica”, explicou.

Por fim, elogiou a atuação do de , Hélio Peluffo (PSDB), que adotou uma série de medidas restritivas como suspensão de shows e eventos e limite de 40 pessoas em festas. Além disso, fechou quadras de esportes e parques. “Está exercendo na sua plenitude o que os prefeitos precisam fazer, que é tomarem decisões que evitem mortes dos seus munícipes”, completou.

Governadores e o Lockdown

Apesar de o governo de MS ‘desconversar’ sobre lockdown, governadores de outros estados adotam a medida para conter o avanço do vírus em seus estados. Na quarta-feira (03), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), decretou lockdown em 60 municípios de seu estado. Nesses locais, o governo daquele estado entendeu que o avanço da doença estava mais grave e decidiu por adotar medidas mais severas de restrição de circulação.

A partir desta sexta-feira (05), Fortaleza entrou em lockdown por 13 dias por decreto do governador do estado do Ceará, Camilo Santana (PT). No caso, a decisão foi tomada em conjunto com o prefeito, José Sarto (PDT).

A mesma situação aconteceu no Distrito Federal e Pará, onde os governadores entenderam que era necessário intervir e tomar medida mais incisiva. Em Santa Catarina, por exemplo, o governador Carlos Moisés (PSL) decretou lockdown no último fim de semana, Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) também adotou a medida.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
loteria

Ninguém acerta e Mega-Sena pode pagar R$ 8 milhões

BR-163 é liberada seis horas após acidente com quatro carretas e explosão

Fluminense tem gol e pênalti anulados e vê Bahia largar em vantagem na Copa do Brasil

Carreta carregada com gado tomba em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Produtor campo-grandense que atuou com cantores famosos é investigado por ligação com o PCC

Família acredita que criminoso ofereceu doces para sequestrar e estuprar Emanuelly

Campo Grande receberá o Hectares Park & Resort, um dos condomínios mais prestigiados do Brasil

Homem é preso por manter mulher sob cárcere privado

Últimas Notícias

Conteúdo de Marca

Transferências cripto rápidas e privadas

Pagamentos digitais atravessam uma mudança estrutural: redes públicas de blockchain funcionam 24/7, permitem liquidação direta entre pessoas e empresas e reduzem dependência de intermediários.

Brasil

Maioria do STF mantém prisão do ex-jogador Robinho

O STF julga um recurso da defesa contra decisão do Superior Tribunal de Justiça

Esportes

3ª edição da Corrida dos Poderes tem inscrições abertas nesta sexta

O lançamento aconteceu nesta quinta

Brasil

Secretário da Receita: campanha de fake news sobre Pix favoreceu crime organizado

Órgão baixou norma que estabelecia vigilância sobre transações