A Justiça Estadual aceitou denúncia do (Ministério Público Estado) e tornou réu por administrativa o de Fauzi Muhamad Abdul Hamid Suleiman. Ele é investigado por celebrar contrato com restaurante para promover festas e banquetes para amigos, parentes, aliados e eleitores às custas do município.

A denúncia narra uma série de eventos nos quais o prefeito, parentes, secretários, servidores públicos e aliados da gestão de Suleiman se aproveitaram do contrato com o Restaurante e Choperia Moderna para comer e beber. Os fatos teriam ocorrido entre 2011 e 2012, período que coincidiu com a proximidade do período eleitoral.

Segundo o MPMS, o serviços da empresa foram utilizados “não para atender às ‘atividades realizadas pelas Gerências Municipais” – como previsto no contrato -, mas sim, para “atender amigos, parentes, apaniguados políticos e possíveis eleitores do então prefeito”.

As irregularidades foram apuradas no bojo da Operação Parajás. Há relatos e comandas que apontam o consumo de refeições e bebidas alcoólicas, como latas de cerveja e canecas de chope, custeadas pela prefeitura.

Na decisão que recebeu a denúncia, expedida no último dia 22 de junho e publicada hoje (1º), o juiz da 2ª Vara Cível de Aquidauana afirma que “há indícios da prática de atos de improbidade administrativa eis que os documentos juntados aos autos, a princípio, indicam a existência de irregularidades”.

Além do ex-prefeito, se tornaram réus na ação Ibraim Muhamad Abdul Hamid Suleiman (irmão de Fauzi); Estela Regina Canhete; Marcus Marcellus Chabel; Edson Benicá; Edna Cristina Camargo de Souza; Neide Regina Nogueira Correa; Vanildo Neves Barbosa; Carlos Augusto Paim Mendes; Wilson de Carvalho; Osnei da Costa Cristaldo; Edna Cristina Camargo de Souza-ME; Paulo Sérgio Goulart; Fernanda Aparecida Alves Marti; e o Município de Aquidauana.

O magistrado abriu prazo para manifestação dos requeridos e deve passar à fase de oitivas com testemunhas do caso em seguida.

Fauzi Suleiman venceu as eleições de 2012, mas teve o diploma cassado pela Justiça Eleitoral após promover distribuição generalizada de combustível para simpatizantes. O caso ficou conhecido como “farra dos combustíveis”.