Por meio de nota, o deputado federal de (PDT) afirmou que vai seguir o partido e, neste sentido, se manifestará contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios na segunda votação. 

De autoria do Poder Executivo, o projeto gera polêmica porque, de um lado, viabiliza o programa social Auxílio Brasil, mas por outro lado, abre caminho para furar o teto de gastos e aumentar a quantidade de dinheiro que poderá ser injetado nas Eleições de 2022.

Na primeira votação, Dagoberto, seguindo a lógica do partido, votou a favor da PEC, afirmando que a legenda teve papel fundamental para alterar o texto, conseguindo o parcelamento da dívida previdenciária dos municípios em 240 meses, o que aliviaria as contas públicas. 

“Tiramos a educação, os pensionistas e aposentados da PEC, construímos um substitutivo que atende às demandas dos professores e coloca recursos para estados que estavam na linha de frente dos precatórios. Foi o nosso partido que barrou os retrocessos!”, alegou o deputado em uma postagem no Facebook.

No entanto, a postura do PDT na primeira votação causou incômodo nos bastidores e resultou no afastamento de Ciro Gomes, principal nome para a disputa da Presidência da República. Entre outros motivos, o partido se viu diante da necessidade de rever a posição e, nesta segunda-feira (9), após reunião da bancada, decidiu votar contra. Tanto que aguarda o retorno de Ciro.

“Como já havia afirmado anteriormente, sou do PDT minha vida toda e sempre votei com a decisão e orientação da minha bancada, por maioria, decidimos mudar a posição na votação em da PEC 23 e iremos dizer não, a decisão se deu em nome da preservação da nossa unidade partidária”, pontuou. 

Nota na íntegra

Sobre a decisão da votação do PDT no segundo turno da PEC dos Precatórios:

Reafirmo que o PDT teve um papel fundamental na questão da PEC dos Precatórios, pois mudamos decisivamente o texto que estava cheio de ‘maldades', conseguimos o parcelamento da dívida previdenciária dos municípios em 240 meses, o que aliviará as contas públicas e permitirá que os mesmos invistam em avanços e melhorias, não só na educação, mas também em outras áreas como saúde e transporte.

Tiramos a educação, os pensionistas e aposentados da PEC, construímos um substitutivo que atende às demandas dos professores e coloca recursos para estados que estavam na linha de frente dos precatórios. Foi o nosso partido que barrou os retrocessos!

Como já havia afirmado anteriormente, sou do PDT minha vida toda e sempre votei com a decisão e orientação da minha bancada, por maioria, decidimos mudar a posição na votação em segundo turno da PEC 23 e iremos dizer NÃO, a decisão se deu em nome da preservação da nossa unidade partidária.

A política é estratégia, com ou sem o PDT a PEC teria duas votações, pois é assim que se vota Emenda Constitucional no Congresso, se não tivéssemos apresentando um substitutivo e lutado por ele, com certeza o cenário seria muito pior, pois a bancada bolsonarista e o centrão possuem votos suficientes para aprovação desta legislação e de tantas outras que eles já aprovaram na Casa de Leis.

Seguimos com nosso posicionamento firmes pelo fortalecimento do projeto que acreditamos para o Brasil, o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), com Ciro Gomes.