Sidrolândia ainda espera saber quem será o próximo prefeito ou prefeita do município da região central de Mato Grosso do Sul. Há um mês, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) suspendeu a eleição suplementar devido à alta de casos da Covid-19.

O município foi classificado com a bandeira cinza na primeira quinzena de abril pelo Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), do Governo do Estado. Há uma semana, voltou à bandeira vermelha.

Apesar disso, ainda não há prazo para a retomada da campanha. Em nota, o TRE informou que a volta depende de decisão do presidente da corte, desembargador Paschoal Carmello Leandro. O pleito estava marcado para 11 de abril.

O processo vai continuar de onde parou, ou seja, a disputa fica mantida entre dois candidatos: a prefeita interina e presidente da Câmara Municipal, (PP); e o ex-prefeito e ex-deputado estadual Enelvo Felini ().

A recomendação do TRE também destacou que a campanha está suspensa. Os postulantes interromperam a realização de atos, apesar de certa confusão no eleitorado.

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Enelvo (de camisa azul-claro) durante convenção que confirmou seu nome à prefeitura. Ao seu lado, o candidato a vice, Moacyr do Vacaria. | Foto: Reprodução, Faceboook

“Enquanto esperamos a Justiça Eleitoral definir, vamos nos encontrando, conversando e visitando, mas não podemos fazer a campanha”, frisou Enelvo Felini. Recuperado da Covid-19, o tucano defendeu a suspensão do pleito.

“O TRE agiu corretamente. Tivemos três de quatro candidatos que pegaram, então. Passamos das 100 mortes, é o número alto para uma cidade desse tamanho”, avaliou.

Além de Enelvo, seu vice, Moacyr de Almeida (), também contraiu a doença causada pelo novo coronavírus. A vice de Vanda, Rosi Fiúza (MDB), também precisou ficar internada, mas já recebeu alta nesta semana.

O candidato tucano disse que aguardará o TRE autorizar a retomada. “O PSDB deve estar acompanhando, mas eu vou aguardar liberar”, pontuou. Quando a campanha voltar, Enelvo disse que vai continuar seguindo as normas de biossegurança.

“Sempre me cuidei. Procurei sempre manter o distanciamento, não fazer aglomeração e reunião com poucas pessoas”, finaliza.

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Vanda (à esquerda) e sua vice, Rosi Fiúza. | Foto: Reprodução, Facebook

Cobranças

Já a prefeita interina disse também que aguarda a retomada, mesmo sendo cobrada. “As pessoas me cobram muito, porque eu sou ‘ligada no 220', gosto de trabalhar. Vamos ver quando a bandeira mudar de cor”, avalia.

Vanda diz que a volta manterá a mesma tônica da eleição de 2020. “Foi uma campanha baseada em mídia, em visitas. A população deve ter consciência, perdemos muitos entes queridos”, afirmou.

Ela também disse que vai continuar seguindo as recomendações sanitárias. “Eu sempre usei máscara, sempre carrego um frasco de álcool em gel”, destacou.

Nova eleição

novo pleito foi convocado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir manter a impugnação do registro de candidatura de Daltro Fiúza (MDB), eleito em novembro.

Sem ser diplomado e consequentemente impedido de tomar posse, Vanda assumiu a prefeitura, após ser eleita presidente da Câmara Municipal. O MDB de Daltro indicou a ex-primeira-dama Rosi Fiúza como vice na chapa de Vanda.

Adversário de Daltro em 2020, Enelvo Felini se candidatou novamente pelo PSDB. Com o PP aliado ao MDB, o tucano escolheu como vice Moacyr de Almeida, que concorreu na última eleição como Moacyr da Vacaria.

A campanha começou oficialmente em 15 de março, mas foi suspensa uma semana depois. Quando voltar, o horário eleitoral também retorna, em seu terceiro dia, e com pelo menos 20 dias de atos até a data do pleito.