Os eleitores de Sidrolândia –a 71 km de Campo Grande– têm um compromisso com as urnas no domingo (13), quando será realizada a eleição suplementar para a prefeitura. As 121 seções eleitorais, distribuídas em 20 locais de votação, poderão receber até 31.356 pessoas, número de votantes cadastrados na cidade e que tiveram a preferência disputada por 2 candidatos.
A 31ª Zona Eleitoral é responsável pela organização da eleição extemporânea, resultado da negativa ao registro de candidatura de Daltro Fiúza (MDB), primeiro colocado na votação de 15 de novembro de 2020, mas disputou o pleito com autorização judicial: ele foi alvo de condenações por Tribunal de Contas e estava inelegível. O Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da candidatura, negando assim sua diplomação no cargo de prefeito.
A Justiça Eleitoral já definiu motoristas e rotas para o transporte dos eleitores até os locais de votação. Dos 20 locais de votação, um fica no distrito de Quebra-Coco, um na Aldeia Lagoinha, um na Aldeia Córrego do Meio e outros 8 em assentamentos. Clique aqui e confira a lista com os locais de votação.
Ao todo, a eleição vai mobilizar 396 mesários dentro das seções eleitorais e cerca de 50 que percorrerão os locais de votação para prestar apoio e orientação aos eleitores, além de fiscalizar práticas como boca de urna. A mobilização envolve, a exemplo das Eleições 2020, preocupações em relação à pandemia de coronavírus.
A diferença, porém, é que todos os mesários receberam, pelo menos, a primeira dose de vacina contra a Covid-19, disponibilizada pela Secretaria de Estado de Saúde. A segunda dose não foi fornecida em sua totalidade por conta da data de aplicação, atingida pela inconstância na distribuição de doses por parte do Governo Federal –que regula a imunização.
Também já foram encaminhados a Sidrolândia frascos de álcool em gel a serem fornecidos nas seções eleitorais, além dos EPIs (equipamentos de proteção individual) dos mesários, que inclui máscaras, face shields e lenços umedecidos.
Campanha vai até sábado e envolve ex-candidatos nas Eleições 2020
A campanha eleitoral está liberada até este sábado (12) mas, também em razão da pandemia de Covid-19, as atividades foram limitadas àquelas que não causam aglomerações. Comícios e passeatas estão proibidos, mas carreatas seguem autorizadas –desde que devidamente comunicadas à Polícia Militar, a fim de evitar encontros de adversários nas ruas.

A pandemia também foi responsável pelo adiamento da votação, inicialmente marcada para abril. O agravamento do panorama da Covid-19 em Mato Grosso do Sul se fez sentir também entre os candidatos. O vice de Enelvo Felini (PSDB), Moacyr de Almeida (Patriota), faleceu na última segunda-feira (7) em decorrência da Covid-19. Ele ficou quase 90 dias internado em Campo Grande e não resistiu.
O médico cardiologista Sérgio Ocampos (Patriota) o substituiu na reta final da campanha. Antes dessa confirmação, o empresário Lúcio Basso (DEM), filho do ex-prefeito Ari Basso, havia sido anunciado para o posto. O próprio Enelvo chegou a ser internado por conta da doença, sendo transferido pela família para São Paulo. A candidata Vanda Camilo (Progressistas) também contraiu a doença.
Ambos os cabeças de chapa disputaram as Eleições 2020, com desfechos diferentes. Enquanto Enelvo se viu superado por Daltro –em uma eleição disputada também com Moacyr concorrendo à prefeitura– nos votos, Vanda Camilo se elegeu vereadora e, na sequência, tornou-se presidente da Câmara Municipal.
Com o impedimento do candidato a prefeito mais votado em assumir o cargo, coube a Vanda assumir interinamente o Executivo sidrolandense. Agora, tenta permanecer no cargo. Como vice, terá justamente Rosi Fiúza (MDB), mulher de Daltro.