Com pelo menos cinco vereadores considerados de origem em Vila Vargas, Vila Formosa, São Pedro, Guassu (região de Macaúba), Indápolis, Itahum, Panambi e Picadinha, a Câmara Municipal de que dedicar mais atenção às demandas dessas localidades

O presidente da Casa, Laudir Munaretto (MDB), Creusimar Barbosa (DEM), Márcio Pudim (DEM), Juscelino Cabral (DEM), Sérgio Nogueira () e Olavo Sul (MDB) destacam desafios a serem superados e que o Legislativo também está com os “olhos voltados” à população dos distritos.

Munaretto menciona a possibilidade da volta das sessões itinerantes nos distritos, segundo ele, o que irá garantir que as demandas dessa população sejam discutidas e atendidas pelo Legislativo. “Alguns distritos têm seus representantes diretos, eles irão ouvir os moradores, trazer as demandas, necessidades, aqui na Câmara iremos discutir, mas claro que a Casa está atenta a tudo. É possível que as sessões itinerantes sejam retomadas”, destacou o chefe do Legislativo.

O democrata Creusimar Barbosa, que morou em Vila Vargas por mais de 30 anos, enfatizou que é preciso ter consciência de que os moradores pertencem a Dourados. Para ele, a união dos vereadores dará continuidade aos trabalhos já executados, além de possibilitar a implantação de novos serviços.

“Morei na Vila Vargas por muitos e muitos anos, conheço a realidade de lá, bem como é o dia a dia de um distrito. Nessa legislatura temos os vereadores Olavo Sul, Juscelino, [Márcio] Pudim, e também o Sérgio Nogueira, que tem origem nos distritos. No caso de Vila Vargas, por exemplo, deve ser mantido o que já tem. Realizar manutenções na unidade do posto de saúde, Cras, posto policial, escola estadual e Ceim, aliás, é o único distrito no Brasil que possui creche”, disse.

Outro vereador que também defende o fortalecimento dos distritos é o emedebista Olavo Sul (MDB), que há 47 anos reside na Vila São Pedro. Segundo ele, essas regiões de Dourados ficaram abandonadas na gestão municipal passada, e apontou como problemas, falta de atenção aos Centros Sociais, iluminação pública e falta de médico nos postos de saúde da Vila São Pedro e Panambi.

“Os moradores pedem atenção aos centros sociais que estão abandonados, falta iluminação pública, outro problema grave são as estradas rurais dos distritos, e os postos de saúde, que não têm médicos. No passado, encaminhei emenda impositiva para a reforma dessas unidades, mas até hoje não foi paga”, lamentou Olavo.

Já o vereador Sérgio Nogueira (PSDB), residente na Vila Vargas há oito anos, destacou como principal necessidade dos distritos douradenses, as estradas vicinais usadas para o escoamento das produções, assim como Creusimar Barbosa.

“Acredito que os 19 vereadores, ao realizarem os trabalhos nas comissões permanentes, terão um olhar para os distritos, porque as comissões atuam nas áreas da educação, saúde, , transportes, patrimônio público, então em relação às demandas que chegarem, não tenho dúvidas de que os parlamentares estarão atentos a estas necessidades”, disse.

O também democrata Juscelino Cabral, apesar de atualmente morar em Dourados, já residiu no distrito de Vila Vargas por 14 anos, e segundo ele, os moradores enfrentam “questão de sobrevivência”, no que diz respeito às estradas vicinais, o que também já foi apontado anteriormente pelos vereadores.

“Boa parte da população dos distritos depende do agronegócio. Muitos cultivam hortas, , soja, outros, até criam peixes, e as estradas vicinais sem manutenção acabam prejudicando o escoamento da produção. Quero incentivar a venda desses produtos, não apenas nas feiras livres, mas até mesmo por parte do Poder Público”, concluiu.

Há 39 anos morando no distrito de Vila Vargas, o vereador Márcio Pudim (DEM) afirma que as decisões políticas que envolvem os distritos de Dourados devem ser colegiadas, uma vez que a realidade desses locais é conhecida por quem mora neles.

“Quero fazer um mandato participativo, em que as decisões políticas que compreendem os distritos sejam colegiadas, pois quem conhece a realidade desses locais é quem reside neles”, disse o parlamentar, apontando problemas crônicos como estradas, asfalto, moradia, saúde, segurança, educação, esporte, entre outros.