“A gente não vai aceitar, por exemplo, em São Paulo, apoiar alguém do PSDB”, disse Bolsonaro neste domingo em Dubai. Ele mostrou que a eleição no Estado, onde o PL apoia o governador João Doria (PSDB), é um dos empecilhos para sua adesão ao partido. “Não tenho candidato em São Paulo ainda. Talvez o Tarcísio (Freitas) aceite esse desafio.”

Bolsonaro endossava as conversas do PL para apoiar uma candidatura do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. De saída do PSDB, o ex-governador se disse honrado em ser lembrado como opção para compor como candidato a vice-presidente a chapa liderada por . Para Alckmin, o petista “tem apreço pela democracia”. Bolsonaro disse que um eventual acordo entre eles seria um “vale-tudo pelo poder”.

Segundo o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente teria dado um passo atrás depois de o tucano fazer o que o parlamentar considera um “gesto de amor ao PT”. “São Paulo estava tudo a princípio conosco, podendo dar mais um passo, caso fosse possível conversar com o Alckmin, mas aí com essa declaração dele, fazendo um gesto suicida ao Lula, fica difícil. Vamos pensar numa candidatura própria em São Paulo”, afirmou Flávio.

AUTONOMIA

A discussão envolve acordos estaduais para o lançamento de candidatos por Bolsonaro e pelo PL, além de nomes que o partido venha a apoiar. Bolsonaro não quer dar autonomia total ao partido. “Não pode o PL dar essa autonomia para o presidente de um diretório estadual de Pernambuco para o cara apoiar o PT”, disse o senador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.