Discutir reajuste da tarifa de ônibus em Campo Grande é ‘absurdo’, diz o presidente da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara Municipal, vereador Alírio Villasanti (PSDB). Ele coordena tratativas do setor em relação às reclamações da população ao serviço e questionamentos do Consórcio Guaicurus, concessionária do transporte coletivo da cidade.
Anualmente, a discussão sobre eventual acréscimo no passe de ônibus – hoje em R$ 4,20, nos convencionais, e R$ 5,15 nas linhas executivas – começa no fim do ano. “Eu acho que temos que tomar outras medidas, o reajuste não é o caminho. Não podemos penalizar mais o usuário do transporte coletivo”. Ao invés disso, afirma, é preciso criar mecanismos de tornar a elaboração da tarifa mais transparente.
Outras discussões em andamento são demandas do consórcio a respeito das reduções do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, que, por se tratar de imposto estadual, cabe ao governo estadual, e ISS (Imposto Sobre Serviços), este sim, cobrado na esfera municipal.
Neste caso, há ação judicial em andamento, na qual as empresas de ônibus questionam a isenção do tributo. Com lei aprovada na Casa de Leis, a retomada da cobrança foi gradual, mas como a questão foi parar na Justiça, o dinheiro foi depositado em juízo. Segundo Villasanti, a informação é de que haveria R$ 1,4 milhão e a intenção seria ‘devolver’ ao consórcio, já que o município tem sofrido derrotas nas decisões da Justiça.
Ainda sobre a qualidade do serviço, reiteiradamente alvo de reclamação de quem o usa diariamente, as principais reclamações são aglomeração nos terminais e lotação em algumas linhas. “Falar em aumento, sem melhoria do serviço, é um contrasenso”.
Sem funcionamento, mesmo com estrutura pronta, os corredores nas Avenida Bandeirantes e Rua Brilhante, são citados também como exemplos de projetos que precisam ser colocados em vigor para melhoria do transporte.