Pular para o conteúdo
Política

Violência, tensão em aldeias e ‘currais eleitorais’ levarão forças federais a 5 cidades de MS nas eleições

TRE-MS aprovou requisição de apoio das Forças Armadas para atuarem em Caarapó, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã e Paranhos.
Arquivo -

O (Tribunal Regional Eleitoral de ) aprovou nesta semana o envio de forças federais a 5 municípios do Estado durante as eleições deste ano. A medida visa a garantir segurança e tranquilidade para os votantes em meio a disputa de facções criminosas pelo controle da fronteira com o Paraguai, a tensão constante entre produtores rurais e indígenas e indícios de que há “currais eleitorais” que pressionam os eleitores.

O plenário do TRE aprovou o envio de forças federais para Paranhos, , Aral Moreira, Coronel Sapucaia e , “devendo os seus efetivos apresentarem-se aos respectivos juízes eleitorais”, destacou relatório do desembargador João Maria Lós, seguido pelos seus pares de forma unânime.

A base para o pedido foi a resolução 21.843/2004, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que prevê a requisição de força federal necessária para o cumprimento da lei ou decisões da Justiça Eleitoral, de forma a garantir “o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados”.

O pedido não chega a ser uma novidade: em geral, as forças federais –como Exército, Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança Pública– são chamadas para prestar apoio logístico, como o transporte de urnas ou atuação como mesários, além da própria segurança. No entanto, os 5 municípios em questão têm situações que foram especificadas no relatório de Lós.

“A justificativa para direcionar [as forças federais] apenas às localidades descritas se deve ao histórico de pleitos passados”. Sobre Caarapó, sob jurisdição da 28ª Zona Eleitoral, frisou-se que “há necessidade de destacar as para a aldeia indígena Te’Yikue, localizada em Caarapó, com objetivo de resguardar a segurança dos eleitores e colaboradores, ‘tendo em vista o histórico de conflitos entre indígenas e produtores rurais naquela região”.

Sobre Ponta Porã, Aral Moreira e Coronel Sapucaia, o relator argumentou que há problemas com a fronteira seca com o Paraguai. No caso da última, destacaram-se duas características “determinantes” para o auxílio.

“A primeira é o alto índice de homicídios, que a classifica na quinta posição em letalidade entre os municípios do país, com 20 mil a 100 mil habitantes; a segunda, é o expressivo tráfico de drogas e a violência decorrente de tal prática, em razão de fazer fronteira com o município de Capitan Bado, no Paraguai”, destacou o relatório.

O documento aponta, ainda, que “há comentários corriqueiros entre populares de que, em eleições anteriores, formaram-se currais eleitorais no país vizinho, que podem ter comprometido a legitimidade do pleito no território nacional”. Postagens em redes sociais em 2016 mostravam imagens de homens “fortemente armados na fronteira com a cidade de Coronel Sapucaia, as quais, em tese, teriam conotação de intimidação eleitoral e trouxeram repercussão e temor à população local”.

Em relação a Aral Moreira, o relator replicou consulta aos juízes eleitorais, que ressaltaram ser “imprescindível a atuação das Forças Armadas em sua área rural, que também faz divisa com o Paraguai e muito sofre a influência de atos dos cidadãos estrangeiros, impondo-se uma maior fiscalização na data do pleito”.

Ponta Porã, por sua vez, teve exaltada a fama nacional por conta da “violência causada pela disputa pelo controle do tráfico de drogas”. Desta forma, a fim de impedir o trânsito de eleitores na linha de fronteira e possíveis atos ilícitos, os juízes eleitorais solicitaram as Forças Armadas em Ponta Porã, Aral Moreira e Coronel Sapucaia.

Por fim, o juiz eleitoral de Amambai também requisitou forças armadas para Paranhos –sob sua jurisdição–, “para reforço da segurança, de forma a garantir a segurança dos integrantes das Mesas Receptoras de votos e demais auxiliares no dia do pleito”. O argumento é de que esta é uma “região de fronteira seca com o Paraguai, o que exige redobrada atenção na tentativa de coibição de possíveis fraudes, bem como possui aldeias indígenas que já apresentaram conflitos em eleições anteriores”.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Justiça Eleitoral adiou o calendário eleitoral deste ano: o primeiro turno, que ocorreria em outubro, será realizado em 15 de novembro –cidades que podem ter o segundo turno realizarão a votação no dia 29 daquele mês. em 2020, serão eleitos os novos prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Pela segunda vez final única da Copa Libertadores será em Lima

Motorista abandona caminhonete roubada com 1,2 tonelada de maconha

Dólar fecha em queda e abaixo de R$ 5,65 com fluxo e sinal de Galípolo sobre Selic

3º Festival do Hambúrguer terá competição gastronômica em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Por dez dias, MPMS escapa de processo no Conselhão por inércia no caso JBS

especialista ar-condicionado

Especialista critica falta de ar-condicionado em ônibus do Consórcio em depoimento na CPI

voluntario linchado por alimentar gatos de rua

Voluntário é hostilizado por alimentar animais de rua: ‘melhor remédio é veneno’

Vista aérea de São Gabriel do Oeste, onde funcionalismo garantiu reajuste de 4,83%. (Divulgação)

São Gabriel do Oeste renova contrato de limpeza em escolas por R$ 3,57 milhões

Últimas Notícias

Brasil

AGU acusa Meta de enriquecer com anúncios fraudulentos em suas redes

Meta informou que não irá comentar o assunto

Brasil

Auditoria do INSS aponta 1,9 milhão de pedidos para excluir desconto

O relatório faz parte da investigação da Operação Sem Desconto

Polícia

Homem é preso após tentar fugir da polícia no Centro de Três Lagoas

Equipe da Força Tática realizava patrulhamento de rotina quando identificou o suspeito

Polícia

Jovem é preso por ameaçar, perseguir e manter ex-mulher sob cárcere privado

Ameaças, perseguição e cárcere privado