O cenário político nacional deve piorar nos próximos dias e as denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro sobre a interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em investigações da PF (Polícia Federal) deverão ser averiguadas. Essa é a avaliação de parte dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande.
Para Otávio Trad (PSD), em meio à crise mundial de saúde e econômica causada pelo novo coronavírus, o Brasil ganha destaque com graves acusações políticas. “Cabe ao congresso e aos órgãos de controle, respeitando os procedimentos regimentais, processuais e constitucionais, averiguar minuciosamente as condutas ímprobas do Presidente”, afirmou, ressaltando que o Brasil aguarda uma resposta.
Willian Maksoud (PTB) também concorda que as informações dadas pelo ex-ministro são graves e merecem atenção. “A saída do Ministro Sérgio Moro, bem como, seu pronunciamento afetam grandemente toda a estrutura política e judiciária do país, independente de posicionamento partidário”, avaliou, lembrando que Bolsonaro foi democraticamente eleito e tem uma Constituição a respeitar. “Caso tenha ferido qualquer um dos artigos que protegem o estado democrático de direito, deve ser responsabilizado por tal atitude, assim como quem com ele compactuou”, ponderou.
Para Valdir Gomes (PSD), ‘dias difíceis virão’ e o presidente ‘está perdido’, conduta imprópria para um momento de calamidade. João Cesar Mattogrosso (PSDB) lamentou a perda de Moro no primeiro escalão do Governo e lembrou a recente e traumática saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). “Pelo visto tem mais ministro para cair”, apostou. João César ressaltou que Moro era visto pela maior parte da população com símbolo da luta contra a corrupção. “Penso que Bolsonaro vive hoje seu pior momento e de repente começa a mostrar quem ele realmente é!”, finalizou o vereador.
