O titular da secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de MS, Eduardo Riedel, pediu nesta quarta-feira (5) união e bom senso por parte das instituições publicas de MS durante a pandemia. A colocação de Riedel faz referência a imbróglios entre o governo do Estado e municípios, devido a recomendação de restrições devido ao avanço da .

O secretário também pontuou que o Governo de MS não defende em cidades onde os indicadores da Covid-19 são mais graves, como em . Segundo o secretário, conforme o Prosseguir, municípios que atingem a faixa de “risco extremo” seguem com recomendação de manter atividades essenciais em funcionamento.

“Campo Grande tem uma aderência grande às atividades [essenciais]. Algumas são divergentes e devem ser tratadas no diálogo. Não acreditamos na judicialização extrema e generalizada como ferramenta de solução. A hora que a gente começa a discutir e achar que a caneta um magistrado pode resolver a situação, provavelmente, a Covid-19 está dando um passo a frente”, pontuou Reidel.

“Mais do que nunca temos que estar unidos. Se tem algo que temos que combater é a perda do bom senso. Cada um tem sua angustia e isso está contaminado as instituições. Não podemos perder a capacidade de dialogarmos”, declarou Riedel.

As declarações de Riedel, feitas durante a transmissão ao vivo do boletim epidemiológico do , revelam visível embate travado com a Prefeitura de Campo Grande desde que a Capital voltou a ser epicentro da Covid-19, no decorrer de julho. De lá até o momento, Campo Grande tem recomendação de maior restrição e nos dois boletins do Prosseguir, ficou na faixa de extremo risco (bandeira preta).

Por outro lado, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) defende que a pandemia está sob controle na Capital e critica adoção de lockdown se os demais municípios da mesma macrorregião – que enviariam pacientes à Campo Grande – não fizerem o mesmo.

Na terça-feira, a Defensoria Pública de MS ingressou com ação judicial para que se determine o lockdown em Campo Grande. Conforme o boletim epidemiológico, a Capital já tem cerca de 11,5 mil casos confirmados – cerca de 40% do total de diagnósticos em MS – e taxa de ocupação de 92% dos leitos de UTI.