O ex-ministro de Temer (MDB), , foi reconduzido ao cargo de conselheiro da Binacional, em mandato que se estenderá até 2024. A recondução consta em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) da última sexta-feira (15), que também traz a nomeação de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, para o conselho da hidrelétrica.

Com isso, Marun permanece no cargo até maio de 2024, em manobra que reforça a articulação do Centrão – bloco de partidos de centro e centro-direita – em apoio político a Bolsonaro em troca de cargos. A prática é comum e observada desde a redemocratização, mas, com mais intensidade, a partir do governo do ex-presidente (PT). O apoio político ao Executivo em troca de cargos era, inclusive, umas das críticas da campanha do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), chamada de “Velha política”.

Marum foi deputado federal pelo MDB e, no governo Temer, desempenhou a função de ministro-chefe da Secretaria de Governo. Ao apagar das luzes do governo, ele foi indicado pelo então presidente ao cargo de conselheiro da Itaipu Binacional.

Já durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Marun foi alvo de ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal), na qual teve a nomeação cassada por decisão liminar, chegando a ficar cinco meses afastado do cargo. A vitória pela manutenção na função de conselheiro ocorreu em segunda instância.