Novo imposto do Governo é ‘CPMF de batom’, afirma Simone Tebet ao se posicionar contra

O possível novo imposto do Governo Federal, baseado na CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), tem gerado discordâncias entre os parlamentares federais. Entre os que se posicionam contra a criação do novo imposto, está a senadora Simone Tebet (MDB). Para a senadora, o imposto seria uma nova CPMF maquiada e prejudicaria os brasileiros mais pobres. […]

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Senadora de MS
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O possível novo imposto do Governo Federal, baseado na CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), tem gerado discordâncias entre os parlamentares federais. Entre os que se posicionam contra a criação do novo imposto, está a senadora Simone Tebet (MDB). Para a senadora, o imposto seria uma nova CPMF maquiada e prejudicaria os brasileiros mais pobres.

“Não adianta passar um batom na CPMF para que o Congresso ache que ela seja diferente agora, e imaginar que ela não vai se utilizar, como antes, é de suas unhas, nas contas dos contribuintes”, argumenta. Assim, ao Jornal Midiamax, a senadora afirma que é contra o imposto.

A CPMF foi uma cobrança tributária que incidiu sobre todas as movimentações bancárias. Então, a contribuição foi ativa no Brasil por 11 anos, desde 1997 até 2007.

A senadora destaca que “o brasileiro já está entre os povos que mais pagam impostos do mundo, o que não condiz com a má qualidade de serviços públicos prestados”. Então, acredita que não seja o melhor momento para implementar uma nova tributação.

A criação do imposto ainda está em fase de proposta. Entretanto, já sofre resistência do Congresso, segundo a senadora.

“Tenho convicção de que o Congresso Nacional não vai aprovar mais impostos, especialmente para impactar na classe média e no bolso dos mais pobres”, afirma. Para a parlamentar, a necessidade real é de uma reforma tributária completa e não apenas a implementação de um novo imposto. “Precisamos de uma reforma tributária séria, que simplifique a cobrança de tributos, desburocratize, inverta essa lógica da cobrança no consumo e ajude a promover a justiça tributária, cobrando mais de quem recebe mais”.

Proposta não é suficiente

No último domingo (02), em uma padaria em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso ver o que este novo imposto poderia mudar. “Você tem que ver para o outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir a tabela de imposto de renda, o percentual, se vai aumentar a isenção, se vai desonerar a folha de pagamento, vai vai também acabar com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)”.

Sobre essas possibilidades de alterações em outros impostos já existentes, Simone acredita que a proposta ainda não é clara o suficiente. “O que o governo apresentou até agora ainda não é suficiente para definir, com clareza, os rumos que deseja para uma reforma dessa dimensão e dessa importância”.

A senadora reforçou a necessidade de uma reforma tributária e defendeu que para estas mudanças não basta olhar apenas para um imposto, e sim ver o cenário completo. “E um plano não se faz somente tendo como alicerce discussões específicas, deste ou daquele imposto, deste ou daquele segmento da economia”, finalizou.

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