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Política

Nem direita, nem esquerda: urnas embalam MS rumo ao ‘Centrão’ com DEM e PSD

DEM e PSD lideram movimento político de avanço do 'centrão' em MS, com candidaturas vitoriosas em 27 municípios de Mato Grosso do Sul.
Arquivo -

A cada 3 cidades sul-mato-grossenses, uma será comandada por prefeito de partido alinhado ao chamado “” em MS. O bloco político dominante no Congresso Nacional que evita a polarização entre Direita e Esquerda, e recentemente iniciou a aproximação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ganhou 27 prefeituras em .

A locomotiva que puxou o avanço do Centrão em MS foi o DEM, com 15 prefeitos eleitos (14 se ignorada a eleição sub judice de Álvaro Urt em ). Quatro anos atrás, os democratas haviam conseguido apenas três das 79 prefeituras em MS.

Ainda mais ao centro, e distante das radicalizações, o PSD marcou posição com a conquista de 4 prefeituras em MS nas eleições de 2020. Além disso, o número de vereadores sociais-democratas no Estado saltou de 27 para 82, e o partido ainda saiu vitorioso em 10 cidades onde conquistou as vice-prefeituras.

O efeito ‘Tereza Cristina’

Se o DEM fez seu bolo crescer no Estado, a proximidade com o governo Bolsonaro foi o fermento.

O presidente escolheu Tereza Cristina para comandar a Agricultura, uma das pastas mais importantes para economia nacional e alinhada à vocação econômica de MS, onde produtores rurais se posicionaram nas eleições municipais.

Tereza foi presença certa em eventos de campanha do DEM pelo interior e se firma como principal liderança dos democratas em Mato Grosso do Sul.

Além dela, também democrata de Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta marcou presença no Ministério da Saúde até ser demitido por não concordar com o Jair Messias Bolsonaro na fase aguda da pandemia de covid-19.

Partidos do ‘Centrão’ fizeram 12 prefeitos em MS

Além disso, os candidatos do Centrão em MS aglutinaram parte do eleitorado bolsonarista.

Em meio a questionamentos sobre a condução das medidas contra o novo coronavírus, bem como denúncias envolvendo seus filhos, o presidente se aliou ao bloco para garantir estabilidade.

PSD (4), PP (3), Patriota (3), PL e PTB (1 cada), também habitués do Centrão, cravaram mais 12 prefeituras sul-mato-grossenses.

Assim, o salto de representantes em relação ao pleito de 2016, quando o bloco elegeu 16 prefeitos, foi de 68,75%. Ou seja, até esse ano, o Centrão dominava apenas uma a cada cinco cidades do Estado.

O crescimento da frente formada por partidos de centro e direita é notável também a nível nacional, com 2.932 prefeitos eleitos no último dia 15. O número é um terço superior aos 2.176 de quatro anos atrás.

O CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do ) da FGV (Fundação Getúlio Vargas) define o Centrão como um “grupo suprapartidário com perfil de centro e direita criado no final do primeiro ano da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 para dar apoio ao presidente da República José Sarney”.

O bloco costuma se moldar ao governo vigente e negociar cargos em troca de apoio. Assim, conseguiu se perpetuar desde a redemocratização brasileira.

PSOL elege, mas esquerda encolhe

Enquanto isso, nas pontas do espectro político, o desempenho pífio das siglas de esquerda empurra de vez a bússola política do que resta de polarização em Mato Grosso do Sul para a direita.

O PT repetiu o fracasso de 2016 e não fez prefeitos. Além disso, PSB, PDT e PSOL conseguiram apenas uma prefeitura cada. O único resultado diferente foi a primeira eleição de um prefeito do PSOL por eleitorado sul-mato-grossense.

Há quatro anos, as legendas alinhadas às reivindicações progressistas haviam conseguido sete municípios. Por outro lado, em 2012, no meio do primeiro mandato da Dilma Rousseff, só o PT havia conquistado 12 cidades do Estado.

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