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Política

Mandetta diz à CNN dos EUA que Brasil pode se tornar país com mais casos de coronavírus

Em entrevista à CNN Internacional nesta terça-feira (13), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse estar preocupado no nível dez com a evolução do novo coronavírus e que o Brasil poderá se tornar o país com o maior número de casos da infecção com patamar de mil mortes diárias em decorrência da doença. “Ele […]
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Em entrevista à CNN Internacional nesta terça-feira (13), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse estar preocupado no nível dez com a evolução do novo coronavírus e que o Brasil poderá se tornar o país com o maior número de casos da infecção com patamar de mil mortes diárias em decorrência da doença.

“Ele fez o que ele quis fazer, mas a história vai dizer quem estava errado e quem estava certo”, afirmou Mandetta à jornalista Christiane Amanpour, ao comentar a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que segue defendendo a volta da população ao trabalho em meio à pandemia.

“Os números falam por si só. Nós temos subido e subido no número de mortos, e provavelmente nessa semana ou na próxima teremos mil mortes por dia”, adiantou. Conforme o , até a noite desta terça-feira (12) haviam sido registrados 12.400 óbitos por e 177.589 casos confirmados da doença.

Questionado sobre a postura adotada pelo presidente na pandemia, o ex-ministro revelou ter reclamado por mais de um mês antes de sua demissão. “Uma das coisas que me manteve no cargo, mesmo que eu tenha reclamado com ele sobre seu comportamento por mais de um mês, foi que eu podia falar com a população. A população brasileira sabe o que está acontecendo e sabe o que tem que fazer”, afirmou. 

Economia

Para Mandetta, a OMS (Organização Mundial da Saúde) terá que dialogar diretamente com a população, ao invés de tentar contar com empenho das lideranças políticas. “Os governantes só pensam na economia e em voltar ao trabalho. Isso está acontecendo no Brasil e nos EUA, a comunidade latina nos EUA também está sofrendo. As favelas no Rio são lotadas, temos problemas respiratórios como tuberculose. A mensagem da OMS é confusa com essa população, eles precisam falar direto com elas, e não com políticos”, argumentou.

Ele lembrou que até  “voltou atrás em sua mensagem quando viu que o vírus poderia ser muito mortal nos EUA”, o que não ocorreu até agora com o presidente brasileiro. “Infelizmente, ele [Bolsonaro] é um dos poucos líderes que continua mantendo esse discurso de que as pessoas devem voltar, e que as pessoas deveriam se preocupar com o trabalho, e que ficar em casa traz mais problemas do que sair, essa é a mensagem dele. Trump pelo menos voltou atrás em sua mensagem de dizer que era simplesmente uma gripe, e reconheceu o vírus”, disse.

Sobre sua demissão ocorrida em abril, o ex-ministro creditou a opiniões divergentes sobre a conduta durante a pandemia. Ele, por sua vez, preferiu seguir critérios científicos em todas as orientações expedidas no período em que esteve à frente da Saúde no País.

“Houve razões que levaram a esse ponto (a demissão), opiniões diferentes sobre situações iguais, eu não conseguia lidar com ele dizendo para as pessoas voltarem a trabalhar e dizendo que era uma simples gripe. Eu era ministro da Saúde, eu sigo a academia e os especialistas. Então, obviamente estamos em lados diferentes”, finalizou.

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