Reeleito novamente para a presidência da ABCG (Associação Beneficente de ), entidade mantenedora da Santa Casa local, Esacheu Nascimento foi empossado no cargo na noite desta quinta-feira (2) em cerimônia realizada no auditório do , o maior do Estado e referência em vários tipos de atendimentos.

E é justamente isso que a instituição pretende continuar fazendo com Esacheu a sua frente, buscar formas de seguir crescendo e oferecendo novos serviços para a população, não apenas campo-grandense, mas sul-mato-grossense.

“Nossa ideia é não fazer mais do mesmo. Hoje a Santa Casa de Campo Grande é um paradigma de nível nacional e está entre as melhores do Brasil. O nosso hospital acabou por se tornar uma unidade de alta complexidade”, frisa Esacheu.

Ele elenca procedimentos como transplante de rins, córneas e revela ainda que o local já está pronto para realizar transplantes cardíacos, enquanto os procedimentos envolvendo medulas ósseas devem seguir até março. “Atualmente temos também cirurgias de altíssima complexidade e minimamente invasivas”, destaca.

Uma dessas cirurgias são as de coração, onde não é mais preciso grande cortes com aberta do tórax do paciente. O mesmo acontece com as neurocirurgias da Santa Casa. “Não precisa mais abrir o crânio e guardar um pedaço na barriga para depois recolocar na cabeça. As perfurações são mínimas e melhoram de imediato a qualidade de vida das pessoas”.

Nascimento também faz questão de ressaltar a importância da Santa Casa para a sociedade e para o SUS (Sistema Único de Saúde), apontando o hospital como essencial em Campo Grande. “É o único com resolutividade, enquanto os demais não atendem, parados com crises de gestão, nós ampliamos nossos serviços e atendendo demandas do Poder Público”.

Esacheu assume novo mandato na Santa Casa e mira futuro com ampliação de serviços
Esacheu recebeu homenagem dos vereadores , Enfermeira Cida e (Leonardo de França, Midiamax)

Desafios

Apesar de ressaltar pontos positivos, Esacheu também cita os problemas enfrentados para gerir a unidade de saúde, que enfrenta déficit financeiro no atendimento via SUS e também encara atrasos de repasses das verbas públicas para custeio.

“Esse ano foi essencialmente de gastos. Chegamos ao fim do ano precisando parar 13º salário e honorários médicos. A dívida era de R$ 18 milhões só de repasses e R$ 8,5 milhões do IMPCG, por exemplo. Mas conseguimos um empréstimo para solucionar isso”, diz Esacheu Nascimento, que completou durante sua posse.

“Aves de mau agouro dizem que a Santa Casa esta em iminência de fechar. Na verdade está em iminência de crescer ainda mais e melhorar o serviço que prestamos para a população. Hoje atendemos várias especialidades que somos referência e pacientes de todo o Brasil são atendidos pela Santa Casa”, conclui o raciocínio.

Futuro

Por fim, Esacheu destaca que vê para o futuro da Santa Casa a ampliação da alta complexidade da unidade. Hoje, o hospital já atua como colaborador com o Governo do Estado em cirurgias eletivas de alta complexidade.

“O projeto esse ano é colocar em dia, embora não sejamos obrigados a fazer isso sozinhos, mas dependendo da regulação do município, que é o gestor pleno, vamos tentar contribuir muito para que as pessoas retomem a qualidade de vida a partir desses novos procedimentos com emprego de alta tecnologia”, finaliza.