A maioria dos servidores públicos sul-mato-grossenses pagará o mesmo juro acordado no momento da contratação dos empréstimos consignados ao suspender o pagamento por 90 dias. A informação foi repassada pelo Banco do Brasil em reunião com deputados estaduais na Alems (Assembleia Legislativa de ), na tarde desta terça-feira (28).

Além do Legislativo, o encontro contou com a presença de representantes dos Poderes Executivo e do banco que administra a folha de pagamento do funcionalismo estadual. O projeto que suspende a cobrança dos consignados por 90 dias em função da pandemia foi aprovado em redação final nesta terça-feira (28) e segue para sanção do governador Reinaldo Azambuja ().

“Hoje pusemos na mesa o governo do Estado, que é a fonte pagadora, o banco, quem efetivamente paga o consignado na conta do servidor, e todos os deputados que quiseram participar estiveram aqui ou participando a distância. Estamos vendo o que é possível ser feito, vamos pedir aos bancos que sejam o mais razoável possível, por causa da pandemia”, afirmou o presidente da Casa, deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), que convocou a reunião.

“A imensa maioria dos servidores terão os juros que ele já contratou. No período de carência, solicitado pelo servidor, não haverá débito nenhum, mas haverá um saldo devedor que está gerando juros e esses juros são diluídos no número de parcelas contratadas. Nessa renovação, não se tem multa, não se tem juros de inadimplência, é uma operação normal”, detalhou o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Sandro Jacoben Grando. A suspensão do empréstimo deve ser feita diretamente com o banco. 

Também presente no encontro, o titular da Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica), Eduardo Riedel, o Banco do Brasil é responsável por mais de 50% dos consignados concedidos aos servidores estaduais e o projeto aprovado na Alems reforçará o compromisso das demais instituições financeiras de oferecer alternativas aos servidores públicos em tempos de pandemia. “É uma decisão importante que a Casa de Leis ajustou e debateu. Os outros bancos sem dúvidas irão participar desse ajuste, até por uma questão de competição de mercado”, acredita.

A proposta que suspende os consignados foi proposta pelos deputados Coronel Davi (sem partido) e (PT) e, inicialmente, previa a suspensão sem incidência de juros, em função da pandemia. Durante a tramitação, ele recebeu emendas incluindo que as parcelas sem pagamento no período devem ser acrescidas ao fina do contrato.